Imagem: PF

A presença de facções criminosas no garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, ganhou destaque após a morte de quatro garimpeiros em confronto com agentes de segurança no último domingo (30). Um dos garimpeiros mortos era integrante de uma facção criminosa com atuação nacional, fato que intensificou as ações de inteligência do governo federal na região. A informação foi divulgada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, em entrevista a jornalistas em Boa Vista na última segunda-feira (1º).

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Segundo Agostinho, o serviço de inteligência do Ibama tem encontrado indícios de que alguns pontos de garimpo são mantidos com o apoio de organizações criminosas. Esse fenômeno não é exclusivo do garimpo, estendendo-se também à grilagem de terras e ao comércio clandestino de madeira. O envolvimento de facções criminosas nessas atividades ilegais tem se tornado cada vez mais comum, servindo como fonte de lavagem de dinheiro e capitalização para esses grupos.

Desde o início da operação, há cerca de três meses, o Ibama já destruiu 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, dois helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Além disso, foram apreendidas 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível e diversos equipamentos usados pelos criminosos.

O confronto ocorreu um dia após um atentado que deixou um indígena Yanomami morto e dois feridos. No local do embate, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um arsenal de armas, incluindo fuzil, três pistolas, sete espingardas, duas miras holográficas, munição de diversos calibres, carregadores e outros equipamentos bélicos.

A atuação de facções criminosas em atividades extrativistas ilegais representa um desafio adicional para as autoridades na proteção do meio ambiente e dos povos indígenas. O caso na Terra Indígena Yanomami evidencia a necessidade de intensificar as ações de inteligência e fiscalização na região, bem como de combater as atividades ilegais que alimentam a violência e a degradação ambiental.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).