Há vozes que transcendem gerações, e no Brasil, a de Emilinha Borba certamente ressoa com força. No auge da “Era de Ouro” do rádio, sua voz marcante conquistou milhões, valendo-lhe o título de “Rainha do Rádio” em 1953, uma honra determinada pelo voto popular. Com canções que marcaram épocas, como “Chiquita Bacana” e “Tomara Que Chova”, Emilinha tem sua música enraizada no DNA cultural brasileiro. Hoje, em comemoração ao seu centenário, seu legado é lembrado e celebrado.
Da Mangueira para o coração do Brasil
Emilinha nasceu na Mangueira, zona Norte do Rio, e sua paixão pela música apareceu cedo. Com apenas 14 anos, já brilhava em programas de calouros e conquistava prêmios. Seu talento a levou ao Cassino da Urca e, com um empurrãozinho de sua madrinha artística, Carmem Miranda, Emilinha embarcou em uma carreira que a levaria ao estrelato nacional. Ao longo de sua trajetória, ela não apenas encantou com sua voz, mas também se tornou uma das artistas mais populares do século passado, conquistando fãs de todas as idades.
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Uma série de homenagens dignas de uma rainha
E em homenagem a esse ícone, a Rádio Marinha e a Web Rádio do Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro lançaram o programa “Os tesouros da Emilinha”. Uma série recheada de músicas que marcaram época, narrativas pela própria Emilinha e, claro, seus maiores sucessos. É uma oportunidade única de mergulhar nas memórias de uma das maiores cantoras do Brasil, revivendo momentos inesquecíveis.
O amor entre Emilinha e a Marinha
Mas Emilinha não foi apenas a favorita do público. Sua relação com a Marinha do Brasil era algo de especial. Ganhou o título de “Favorita da Marinha” em 1947 e, desde então, essa ligação só se fortaleceu. Foi mais do que uma simples associação: representava uma profunda troca de amor, carinho e respeito. Emilinha carregava com orgulho esse título, e a Marinha retribuía com uma presença constante, seja em aniversários ou homenagens. E, em uma homenagem singular ao seu centenário, a cantora Mona Vilardo realizou uma gravação no Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, trazendo à vida “Cisne Branco”, uma das canções símbolo da Marinha que Emilinha imortalizou com sua voz.
Em sua jornada, Emilinha Borba demonstrou o poder transformador da música e o impacto duradouro que um artista pode ter no coração de uma nação. Ela pode ter nos deixado em 2005, mas seu legado musical permanece vivo, inspirando novas gerações e relembrando a todos de uma época dourada do rádio brasileiro.