No dia 13 de abril, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) deu um passo gigantesco em favor da inovação. Em assessoramento técnico ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), o DCTA realizou pedidos de proteção da propriedade intelectual para uma tecnologia revolucionária: “Método de controle de razão de mistura por atuação térmica nos tanques de propelentes de sistemas espaciais”.

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Pela primeira vez na história do DCTA, o departamento realizou o depósito de patente de tecnologia na Comunidade Europeia, além dos pedidos efetivados no Brasil e nos Estados Unidos da América. Isso garante a exclusividade de exploração dessa tecnologia nestes mercados.

Um Processo Que Pode Mudar o Mercado

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Essa inovação é um processo que oferece ao mercado uma solução técnica, permitindo o ajuste fino da razão de mistura por atuação térmica iterativa nos tanques de propelentes de sistemas espaciais bipropelentes. A história dessa tecnologia começou em 2017, quando o Centro de Operações Espaciais (COPE) do COMAE começou a operar o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). A experiência e o conhecimento na área espacial, acumulados desde 2014 com o Programa de Absorção de Tecnologias do SGDC, permitiram ao COPE desenvolver esta tecnologia para operações espaciais.

O capitão Engenheiro Henrique Oliveira da Mata, inventor da tecnologia e membro do COMAE desde o início das operações do SGDC, afirma: “O ambiente do COPE é muito propício à identificação de soluções inovadoras, pois é durante as operações que identificamos as reais necessidades de melhoria.”

Um Método Inovador e Econômico

Segundo o Capitão Da Mata, foi o somatório do domínio teórico, do desenvolvimento de novas ferramentas computacionais e da experiência operacional que permitiu o desenvolvimento do método inovador, que pode definir o ponto ótimo de temperatura para a operação dos propulsores de satélites. Essa tecnologia poderá prolongar em pelo menos três meses a operação do SGDC, levando a uma economia estimada de cerca de R$ 10 milhões.

Impacto Nacional e Internacional

O tecnologista do setor de proteção da propriedade intelectual do DCTA, Renato de Lima Santos, salientou que os depósitos de pedido de patente realizados constituem um primeiro passo essencial para que as tecnologias possam ser transferidas ao mercado nacional e internacional. Essa realização é a concretização da missão do COMAE e do DCTA, e contribui para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa, da sociedade brasileira e do desenvolvimento econômico nacional.

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).