Em uma iniciativa pioneira, a Força Aérea Brasileira (FAB), através do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), incorporou um módulo dedicado ao uso de drones no Estágio Preparatório para Missões de Paz (EPMP). Este curso, que foi concluído em novembro de 2023, marca um avanço significativo na preparação de militares e policiais para participarem de operações de paz internacionais.

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Estrutura e Conteúdo do Curso

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O módulo, intitulado “Drone Class”, foi projetado para abranger todos os aspectos críticos relacionados ao emprego de drones em contextos de missão de paz. Dividido em duas fases — uma teórica conduzida online e uma prática realizada presencialmente — o curso cobriu normatizações internacionais, acesso ao espaço aéreo, operações correntes, classificação dos equipamentos, além de manuseio e práticas de pilotagem. As sessões foram lideradas pelo Coronel Luis Eduardo Pombo Celles Cordeiro e pelo Capitão Eduardo Araújo da Silva.

Impacto e Aplicações Potenciais

“A inclusão de aeronaves não tripuladas em operações de paz é uma resposta às necessidades emergentes no campo de segurança global”, afirma a Tenente-Coronel Luanda Bastos, idealizadora da disciplina. “Os drones oferecem uma capacidade sem precedentes para rápida coleta de informações e monitoramento detalhado de áreas vastas, o que é crucial para o sucesso das missões.”

O Capitão Eduardo Silva, chefe da Seção de Coordenação e Controle de Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (UAS) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), enfatizou a importância do entendimento aprofundado sobre drones: “Perceber estas tecnologias como componentes aéreos fundamentais, e não apenas como dispositivos de coleta de imagem, é essencial para operá-los eficientemente e com segurança.”

Testemunhos de Campo

A Capitão Elaine Werdan Torres, com experiência direta na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), destacou a utilidade prática dos drones. “Desde 2021, a MINUSCA tem qualificado seus observadores militares como operadores de drones, melhorando significativamente nossos processos de monitoramento e reconhecimento. Isso não só amplia nossa capacidade de vigilância mas também aumenta a segurança de nosso pessoal no terreno.”

Participação Diversificada

O Drone Class viu a participação de representantes do Exército Brasileiro, Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Polícias Militares e Forças Armadas estrangeiras, evidenciando um esforço colaborativo e multidisciplinar no aprimoramento das capacidades de paz e segurança.

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).