A escassez de água na Amazônia durante os períodos de seca impacta diretamente as atividades de pesca, agricultura e abastecimento das comunidades ribeirinhas. Buscando reduzir os efeitos da estiagem, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, organizou a conferência “Pré-seca: Análise e Prognóstico para 2023”.

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Análise e Prognóstico Climático na Amazônia

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O evento, realizado em Porto Velho, Rondônia, integrou a programação do 1º Seminário de Hidrologia da Amazônia. A conferência contou com mesas-redondas, minicursos e uma palestra sobre “Amazônia pelo clima: diagnóstico e prognóstico climático para a Amazônia Legal brasileira e internacional”. Durante a apresentação, o meteorologista Luiz Alves traçou previsões climáticas para os próximos três meses na Amazônia, de julho a setembro.

A Influência do El Niño na Estiagem

Luiz Alves ressaltou a influência do fenômeno El Niño no clima brasileiro. Este evento natural, que se caracteriza pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico tropical, geralmente começa em junho. “Boa parte da Amazônia vai apresentar chuvas abaixo do normal para esse trimestre. A estação seca deverá ser prolongada e vamos ter mais ocorrência de queimadas”, alertou.

Participação de Diversos Setores na Conferência

A conferência atraiu a participação de membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), único bloco socioambiental da América Latina. Além deles, estiveram presentes representantes de organizações intergovernamentais, setores público e privado e a sociedade civil.

Impacto do Seminário na Defesa Civil

Lucas Souza, Major do Corpo de Bombeiros e Assessor Executivo da Defesa Civil do Mato Grosso, enfatizou que as informações adquiridas no seminário são fundamentais para a implementação de medidas preventivas e estratégias de assistência à população afetada pela seca. “O seminário gerou uma aproximação dos pesquisadores, cientistas e pessoas que geram dados com nós, da Defesa Civil. A partir das informações geradas por esses especialistas, podemos tomar as decisões em situações de risco iminente e buscar ações antes que os desastres possam vir a acontecer. O que a gente vê aqui traz mudanças e melhorias lá na ponta”, frisou.