Para esta quinta edição do Exercício Conjunto Tápio 2022, que aconteceu na Base Aérea de Campo Grande (BACG), no Mato Grosso do Sul (MS), a Direção do Exercício (DIREX) trouxe uma série de novidades, como o Reabastecimento em Voo entre a aeronave KC-130 Hércules e os helicópteros H-36 Caracal, a Escolta de Comboio com apoio do Exército Brasileiro (EB), o Ponto Avançado de Reabastecimento e Rearmamento (FARP, do inglês Forward Arming and Refueling Point) e, ainda, a recuperação de uma pessoa por meio de uma Rede de Apoio à Fuga e Evasão/Linha de Apoio à Fuga e Evasão (RAFE/LAFE).

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O Co-Diretor da EXCON Tápio 2022, Tenente-Coronel Aviador Ulysses Nepomuceno Guimarães, destaca o incremento das simulações no Exercício, ampliando a operacionalidade dos militares da Força Aérea Brasileira (FAB). “Com o objetivo de sempre evoluir durante as edições do Exercício e proporcionar um treinamento mais complexos e dinâmico para as nossas tripulações, na edição 2022 do EXCON Tápio, buscamos inserir mais quatro missões no cenário”, comenta o Oficial.

REVO: entre KC-130 e H-36i2283112280106838
A primeira missão inédita na Tápio foi o Reabastecimento em Voo de aeronaves de asas rotativas. “Essa técnica foi treinada pelos nossos pilotos no início do segundo semestre de 2022, em um Exercício Técnico específico onde treinaram a técnica do Reabastecimento em Voo envolvendo um KC-130, do Esquadrão Gordo, com o H-36 Caracal, dos Esquadrões Falcão e Puma. Agora, no EXCON Tápio, o grande desafio era inserir essa técnica no contexto operacional, exigindo grande coordenação das nossas tripulações para que uma Força-Tarefa de Busca e Salvamento em Combate (CSAR) possa planejar e fazer uso da capacidade de reabastecimento em voo para aumentar a autonomia e o alcance das aeronaves de asas rotativas”, explica.

Escolta de comboioi2283114061406983
A segunda missão foi a escolta de comboio. O COMPREP realizou um estudo doutrinário, desenvolvendo as Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTPs), fazendo com que, durante o EXCON Tápio 2022, fosse possível a realização da misão. “A escolta de comboio é a realização de um Apoio Aéreo Aproximado em proveito de um comboio de viaturas, o qual estaria transportando materiais ou até militares de um ponto a outro de uma área de operações. Aqui, tivemos o apoio do Exército Brasileiro compondo um comboio de seis viaturas do tipo Marruá e as aeronaves A-29, A-1M e R-99, provendo toda a cobertura e apoio de fogo”, conta o Oficial.

Conforme o Tenente-Coronel Guimarães, a realização da missão foi considerada fundamental pela DIREX, por ter exigido uma coordenação estreita entre o líder das formações das aeronaves de caça com o comandante do comboio, assessorado pelo sensoriamento das aeronaves de reconhecimento, propiciando grande consciência situacional e segurança para o comboio.

FARPi2283112274801892
A terceira novidade nesta edição foi a implementação do Ponto Avançado de Reabastecimento e Rearmamento (FARP, do inglês Forward Arming and Refueling Point). “No exercício, fizemos de duas formas: a primeira utilizando o Aeródromo de Bonito (MS), realizando o reabastecimento usando a aeronave C-105 ou SC-105 Amazonas reabastecendo aeronaves de asas rotativas, o H-36 e o H-60, onde reabastecemos diretamente dos tanques das aeronaves de asas fixas para os helicópteros. A outra forma foi utilizando viaturas do Exército Brasileiro, onde os caminhões reabasteceram os helicópteros em pontos remotos pré-planejados no terreno”, conta.

RAFE/LAFEi2283114101504912
A última missão inédita, e cumprida na Tápio, foi a chamada Rede de Apoio à Fuga e Evasão/Linha de Apoio à Fuga e Evasão (RAFE/LAFE). “Em um cenário simulado tínhamos um piloto que ejetou em uma área hostil, além da Linha Limite de Resgate da Força-Tarefa CSAR. Esse piloto foi inserido nesta Rede de Apoio à Fuga e Evasão e, com apoio das Forças Especiais, do Exército Brasileiro, chegaria até uma região em que tal militar seria conduzido de volta para as linhas amigas”, detalha o Co-Diretor da Tápio 2022.

Fotos: Sargento Bianca Viol e Sargento Viegas / CECOMSAER

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).