As fazendas cultivam as algas presas em balsas. A produção média é de 10 toneladas por hectare ao ano (Foto: Marcelo Corenza)

Paraty, famoso por sua rica herança cultural e histórica, está prestes a se tornar um ícone de economia sustentável. A macroalga Kappaphycus alvarezii, estudada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições, tem mostrado seu valor não apenas como um produto de exportação, mas também como uma forma de impulsionar a economia local, oferecendo à comunidade uma nova fonte de renda.

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A Alga de Ouro

A Kappaphycus alvarezii não é apenas uma alga comum. Ela está entre as mais produzidas globalmente e é responsável por 88% da matéria-prima usada na produção de carragenas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Além disso, essa alga tem uma variedade de usos, desde a produção de espessantes até pigmentos naturais. O mais impressionante é que sua produção tem um impacto ambiental mínimo, tornando-a uma opção verdadeiramente sustentável.

Educação e Capacitação

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Alunos do curso de extensão “Algicultura e desenvolvimento territorial sustentável” coletam algas para as aulas práticas (Foto: Mauricio Roque da Mata)

A UFRJ, em parceria com a Prefeitura de Paraty, lançou o curso “Algicultura e Desenvolvimento Territorial Sustentável”, que já formou 87 alunos, 93% dos quais são de Paraty. Este curso é apenas uma das muitas iniciativas que visam educar e capacitar a população local sobre os benefícios e técnicas da algicultura. Além disso, foi estabelecida uma Fazenda Escola de Algicultura em Paraty, destinada a promover a capacitação humana para esta atividade emergente.

Benefícios Ambientais e Sociais

A Kappaphycus alvarezii não é apenas economicamente valiosa; ela também desempenha um papel crucial no meio ambiente. Essas algas servem como berçário para várias espécies marinhas, ajudam a reduzir os gases de efeito estufa e são uma fonte sustentável de renda para as comunidades locais. Maurício da Mata, especialista em biologia marinha, destaca que a algicultura se baseia no tripé: ambiental, econômico e social, ressaltando sua importância para o futuro do Brasil.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).