Paraty, famoso por sua rica herança cultural e histórica, está prestes a se tornar um ícone de economia sustentável. A macroalga Kappaphycus alvarezii, estudada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e outras instituições, tem mostrado seu valor não apenas como um produto de exportação, mas também como uma forma de impulsionar a economia local, oferecendo à comunidade uma nova fonte de renda.
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A Alga de Ouro
A Kappaphycus alvarezii não é apenas uma alga comum. Ela está entre as mais produzidas globalmente e é responsável por 88% da matéria-prima usada na produção de carragenas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Além disso, essa alga tem uma variedade de usos, desde a produção de espessantes até pigmentos naturais. O mais impressionante é que sua produção tem um impacto ambiental mínimo, tornando-a uma opção verdadeiramente sustentável.
Educação e Capacitação
A UFRJ, em parceria com a Prefeitura de Paraty, lançou o curso “Algicultura e Desenvolvimento Territorial Sustentável”, que já formou 87 alunos, 93% dos quais são de Paraty. Este curso é apenas uma das muitas iniciativas que visam educar e capacitar a população local sobre os benefícios e técnicas da algicultura. Além disso, foi estabelecida uma Fazenda Escola de Algicultura em Paraty, destinada a promover a capacitação humana para esta atividade emergente.
Benefícios Ambientais e Sociais
A Kappaphycus alvarezii não é apenas economicamente valiosa; ela também desempenha um papel crucial no meio ambiente. Essas algas servem como berçário para várias espécies marinhas, ajudam a reduzir os gases de efeito estufa e são uma fonte sustentável de renda para as comunidades locais. Maurício da Mata, especialista em biologia marinha, destaca que a algicultura se baseia no tripé: ambiental, econômico e social, ressaltando sua importância para o futuro do Brasil.