Quando falamos em Forças Armadas, talvez pensemos em defesa, proteção de fronteiras ou até combate ao crime. Mas em 26 de agosto, na Terra Indígena Yanomami, a 250 km de Boa Vista, em Roraima, a missão dos militares da Marinha foi outra: socorrer. Dentro do contexto da Operação “Ágata Fronteira Norte”, o Grupo de Comandos Anfíbios (GruCAnf), parte integrante da Força Naval, encontrou oito indígenas Yanomami, entre adultos e crianças, necessitando de assistência médica urgente.

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A União Faz a Força – e Salva Vidas

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O compromisso da Marinha do Brasil (MB) não terminou ao localizar os indígenas. Sabendo da gravidade da situação, eles se uniram em esforço conjunto com a FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e a SESAI (Secretaria de Saúde Indígena). Em 28 de agosto, dois dias após a localização, os Yanomami foram evacuados para receberem o devido atendimento médico. Essa coordenação entre os órgãos mostrou como a cooperação pode surtir efeitos positivos e rápidos.

Além do Resgate: A Operação Thekype

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Enquanto a Marinha se dedicava ao resgate, a Operação Thekype tinha outro foco: o combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Esta ação, que também se insere no contexto da “Ágata Fronteira Norte”, não contou apenas com a presença da MB. Agentes da FUNAI, do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Polícia Federal (PF) também integraram a equipe. Nos dias 24 a 26 de agosto, além do resgate, a operação apreendeu equipamentos e materiais usados em atividades de garimpo ilegal. E a eficácia? Até agora, registra-se uma impressionante redução de 95% dessas práticas ilegais na região.

Mais que Operações, Valores Humanos em Jogo

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A história desses militares, unindo-se a outras instituições em prol dos indígenas Yanomami, nos lembra que, por trás das operações, uniformes e estratégias, há valores humanos. Cada membro da equipe não apenas cumpriu um papel técnico, mas mostrou empatia, dedicação e um genuíno desejo de ajudar quem mais precisa. E, ao final, é essa humanidade que faz a diferença.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).