O rio Uraricoera, na região de Palimiú, é um verdadeiro palco de batalha. Não se trata de um confronto armado tradicional, mas de um embate entre a lei e a desordem. No coração do território indígena Yanomami, uma ação de Bloqueio e Controle Fluvial conduzida pelo Exército Brasileiro fez uma investida contra o garimpo ilegal, resultando na prisão de cinco garimpeiros. Essa ação elevou para 18 o número de detenções realizadas pela Operação Ágata Fronteira Norte em um único dia. Nos últimos dez dias, 47 garimpeiros foram presos e desintrudidos pelo operativo.

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A Operação Ágata Fronteira Norte, composta pelas Forças Armadas, forças de segurança e agências governamentais, age decisivamente no território indígena. Em Palimiú, militares do Exército foram abordados por garimpeiros que tentavam transpor o Posto de Bloqueio e Controle Fluvial, um mecanismo que visa impedir a entrada e saída de embarcações.

O confronto em Palimiú

No conflito que se seguiu, um dos garimpeiros foi ferido no ombro e outros quatro foram presos. Todos foram transportados para a Base Aérea de Boa Vista (BABV) em aeronaves das Forças Armadas. De lá, os quatro presos foram encaminhados à sede da Polícia Federal em Boa Vista, enquanto o garimpeiro ferido foi levado para atendimento médico em uma ambulância.

Detenções em Rangel

Outros 13 garimpeiros foram presos em Rangel, outra área de mineração ilegal. Eles também foram transportados por aeronave até a BABV, sendo posteriormente levados pela Polícia Federal à Superintendência da instituição. Durante a ação em Rangel, três embarcações, seis motores, uma motobomba, um alojamento com cantina, um quadriciclo e um acampamento foram destruídos.

Operação Ágata Fronteira Norte

A Operação Ágata Fronteira Norte é uma missão conjunta coordenada entre órgãos de segurança pública, agências e forças armadas. Foi estabelecida pelo Decreto Nr 11405, de 30 de janeiro de 2023, e alterada pelo Decreto Nr 11575, de 21 de junho de 2023.

Essas ações refletem o esforço das autoridades para enfrentar o problema do garimpo ilegal em território indígena. Os efeitos desse crime vão além do aspecto ambiental, atingindo diretamente a saúde e o modo de vida das populações tradicionais, tornando as operações como a Ágata Fronteira Norte fundamentais para a proteção dos direitos desses povos e do patrimônio brasileiro.

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Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).