A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório nesta segunda-feira (8) pedindo ao governo afegão que ponha fim às execuções públicas, condenando a realização de apedrejamentos e açoitamentos em público desde que os talibãs assumiram o poder. A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) informou que, nos últimos seis meses, 274 homens, 58 mulheres e dois meninos foram açoitados publicamente no país.
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Fiona Frazer, chefe de Direitos Humanos da Unama, afirmou que o castigo corporal viola a Convenção contra a Tortura e deve ser interrompido, pedindo também a suspensão imediata das execuções. Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros talibã declarou que as leis do Afeganistão são baseadas nas regras e diretrizes islâmicas, seguidas pela maioria dos afegãos, e que em caso de conflito entre a lei internacional de direitos humanos e a lei islâmica, o governo é obrigado a seguir a lei islâmica.
O relatório da Unama observou um aumento significativo no número e na regularidade dos castigos corporais desde novembro. A maioria das punições estava relacionada a condenações por adultério e “fuga de casa”, enquanto outros supostos delitos incluíam roubo, homossexualidade, consumo de álcool, fraude e tráfico de drogas.