Foto: MPDFT

Em uma cerimônia significativa realizada no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em Brasília, no dia 9 de novembro de 2023, o secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senajus/MJSP), Augusto de Arruda Botelho, anunciou a criação da Rede Nacional de Cidades Acolhedoras (RNCA). Esta iniciativa marca um avanço notável nas políticas migratórias do Brasil, visando fortalecer a inclusão e assistência a pessoas migrantes, refugiadas e apátridas.

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A Rede Nacional de Cidades Acolhedoras: Uma Plataforma Colaborativa

A RNCA emerge como um fórum colaborativo de livre adesão e participação para gestores municipais. Este espaço permitirá a sugestão, debate e proposição de políticas, programas e ações em benefício das pessoas migrantes, refugiadas e apátridas. Este movimento representa um esforço conjunto para fortalecer a solidariedade e a cooperação entre as cidades brasileiras.

Uma Reação ao Contexto Global de Deslocamento Forçado

Com mais de 114 milhões de pessoas forçadas a se deslocar globalmente, a importância de iniciativas como a RNCA se torna ainda mais crucial. Davide Torzilli, representante da Agência da Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil, destacou o compromisso da Acnur em apoiar a rede, enfatizando a importância das cidades e atores locais no acolhimento e integração destas populações vulneráveis.

Compromisso com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

O Chefe de Missão da Agência da ONU para as Migrações, Stéphane Rostiaux, ressaltou a relevância da criação da RNCA para cumprir os objetivos do Pacto Global para a Migração Segura, Ordenada e Regular, alinhando-se com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Este alinhamento reflete o compromisso do Brasil com uma política migratória coesa e sustentável.

Diversas Autoridades e Organizações Envolvidas

A mesa de abertura contou com a presença de várias autoridades, incluindo Fátima Fernandez da CGLU, Aída Garcia Naranjo da RSF, David Torzilli da O.C.U., Soraya Pessino da PADF e Vinícius Pinheiro da OIT. Do MJSP, participaram Tatyana Friedrich, diretora do Demig/Senajus, e Paulo Illes, coordenador-geral de Política Migratória.

Lançamento e Discussões Futuras

Durante o evento de lançamento da RNCA, foram realizadas mesas e oficinas para debater políticas, programas e ações, visando a elaboração do Plano de Trabalho 2024. A plenária de encerramento contou com a leitura da Carta de Brasília, um documento que registra diretrizes políticas e operacionais da RNCA.

A Visão do MPDFT e a Promoção dos Direitos Humanos

Antonio Dezan, vice-procurador-geral de Justiça do MPDFT, destacou a importância da Rede para a construção de uma sociedade mais solidária e acolhedora, reiterando o compromisso do Ministério Público com a defesa dos direitos humanos das comunidades imigrantes.

Um Passo Significativo para Uma Sociedade Mais Inclusiva

A criação da Rede Nacional de Cidades Acolhedoras pelo MJSP é um passo significativo para promover uma sociedade mais inclusiva e solidária. A RNCA representa um compromisso conjunto de cidades brasileiras para enfrentar os desafios da migração com soluções adaptadas, respeitando a dignidade humana e fortalecendo a coesão social.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).