Treinamentos intensos, equipamentos específicos, e simulações de situações de risco são algumas das peculiaridades das tropas de Operações Especiais. Nesta semana, entre segunda (22) e sexta-feira (26), 18 militares de Operações Especiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão no Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC), em Niterói, no Rio de Janeiro, para o Treinamento Conjunto Específico de Planejamento de Operações Especiais.

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Mas, o que são as Forças de Operações Especiais? Para que tipo de conflito servem as Operações Especiais? O que esse serviço exige? “É uma composição de militares altamente treinados para missões adversas, como resgate de reféns, por exemplo. Os treinamentos exigem um esforço físico e mental muito maior do que nos demais cursos militares”, explicou um operador especial da Marinha*.

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Durante treinamentos e operações reais, muitas vezes, esses homens ficam isolados em ambientes hostis. “Eles têm que ter capacidade física de sobreviver, por um determinado período, sem apoio. Os mergulhadores, por exemplo, deslocam-se no mar com suprimentos, armamentos e tudo o que podem precisar durante o trabalho”, reforçou o operador da Marinha*.

Os desafios são grandes. Eles participam de capacitações constantes nos mais diversos ambientes: selva, mar, espaços confinados, ambientes inóspitos, etc. Um integrante de Forças Especiais do Exército ressaltou que esses militares precisam ter capacidades de ir além dos limites. “Para fazer parte da tropa, o militar passa por um rigoroso processo de seleção, realizado no Centro de Instrução de Operações Especiais. Além disso, temos materiais específicos de tecnologia de ponta, que ampliam as nossas capacidades operacionais”, enfatizou o operador especial do Exército*.

Na Força Aérea Brasileira, as Forças de Operações Especiais treinam, constantemente, para ações de enfrentamento ao poder aeroespacial inimigo. “A fração de tropa da FAB vai atuar de forma a degradar o poder aeroespacial oponente, como por exemplo, sítio radares e infraestruturas aeroportuária. Para isso, são realizados treinamentos de tiro, salto de paraquedas, dentre outros”, explicou o componente da Aeronáutica.

As tropas de Forças Especiais da Marinha são formadas pelo GRUMEC e pelo Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (COMANF). No Exército, há o 1° Batalhão de Forças Especiais,  (1° BFEsp), o 1° Batalhão de Ações de Comandos (1° BAC) e o 1° Batalhão de Operações Psicológicas (1° Btl Op Psico). Já na Força Aérea, o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento  (EAS – PARASAR).

*Os nomes dos operadores especiais não são expostos devido ao sigilo em torno do treinamento.

Por Mariana Alvarenga
Fotos: Antônio Oliveira

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).