Em Três Corações, Minas Gerais, jovens militares concluíram um intenso ciclo de treinamento, marcado por profundas transformações. Desde sua incorporação, cinco meses atrás, esses militares passaram de civis imersos em jogos de videogame para autênticos artilheiros, capazes de operar obuseiros e morteiros em um cenário de guerra. Com munições de 105, 120 e 155mm cruzando os céus do sul de Minas Gerais, os mais novos artilheiros do Exército Brasileiro foram consagrados.

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Esses soldados, incorporados em 1º de março nos três Grupos de Artilharia de Campanha (GAC) da 2ª Divisão de Exército, localizados no estado de São Paulo, concluíram a fase da Instrução Individual de Qualificação no Exercício Santa Bárbara 2023.

O Exercício Santa Bárbara 2023 e a Coordenação de Fogos

Com o apoio da Escola de Sargentos das Armas, que cedeu seu campo de instrução em Três Corações, a Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Exército (AD/5), de Curitiba (PR), conduziu entre os dias 24 e 28 de julho, uma refinada coordenação de fogos para adestrar o 2º GAC, o 12º GAC e o 20º GAC Aeromóvel em missões de apoio de fogo.

“É uma entrega importante para a nossa sociedade, porque esse tiro foi realizado pelos soldados recém-incorporados e, cinco meses depois, eles estão em condições de exercer as funções relevantes para a realização desse tiro real”, destacou o Comandante da AD/5, General de Brigada Ricardo Santos Taranto. Ele completou, “Este exercício também marca a finalização do adestramento básico das organizações militares de Artilharia, além de ser um ‘esquenta’ para a próxima fase, que é o adestramento avançado”.

A Manobra Defensiva e o Contexto de Batalha

No contexto do exercício, os GAC ocuparam uma Zona de Reunião no campo de instrução. Após alguns reconhecimentos no terreno, as baterias de obuseiros e morteiros ocuparam posições provisórias, de onde poderiam alcançar o inimigo simulado em uma posição mais distante possível. Os artilheiros tinham a missão de desarticular o inimigo, impedindo seu avanço. Contudo, ao atirar, a bateria “entrega a sua posição” e precisa, rapidamente, mover-se para outro local. Esse foi outro aspecto treinado no exercício. Também foi praticado o tiro noturno, aumentando o nível de realismo que o adestramento buscava promover.

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A Instrução Militar e os Próximos Passos

De acordo com o Programa de Instrução Militar do Comando de Operações Terrestres, a AD/5, por meio do canal técnico, é responsável por auxiliar na gestão do preparo das Unidades de Artilharia da 2ª DE. A próxima etapa incluirá testes mais complexos para o estado-maior, a linha de tiro e outros subsistemas de Artilharia, quando serão realizados o Exercício Jogo de Guerra (simulação construtiva) e Exercício Agulhas Negras (simulação viva).

Este treinamento interligado é uma clara demonstração do comprometimento do Exército Brasileiro com a formação integral de seus soldados, promovendo o aprimoramento constante de suas habilidades técnicas e táticas.

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Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).