Cable data by Greg Mahlknecht , map by Openstreetmap contributors

O Brasil é um gigante não apenas em termos de território, mas também em termos de infraestrutura tecnológica. No entanto, há um componente crucial que muitas vezes é esquecido, mas que é vital para a segurança e o desenvolvimento do país: os cabos submarinos. Essas estruturas são a espinha dorsal da nossa comunicação e economia digital, conectando o Brasil ao mundo de uma maneira que poucos realmente compreendem. Neste artigo, vamos desvendar a importância desses cabos e por que eles deveriam ser uma prioridade na política nacional de infraestruturas críticas.

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A Importância dos Cabos Submarinos

Os cabos submarinos são verdadeiras artérias da informação global. Eles são responsáveis por transmitir dados de internet, telefonemas e até transações financeiras internacionais. No Brasil, essa infraestrutura é ainda mais vital, dada a nossa extensa costa e a necessidade de comunicação rápida e eficiente com outras nações.

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A Política Nacional de Infraestruturas Críticas é um conjunto de estratégias e medidas adotadas pelo governo brasileiro para garantir a segurança e o funcionamento adequado de infraestruturas vitais para o país. No entanto, os cabos submarinos, que são uma parte fundamental da nossa infraestrutura de comunicação, ainda não foram incluídos nessa política. Isso representa uma grande preocupação para a segurança nacional, uma vez que uma falha ou ataque a essas estruturas pode ter consequências devastadoras na economia e segurança nacional.

Os Desafios da Segurança

Garantir a segurança dos cabos submarinos não é uma tarefa fácil. Eles estão sujeitos a uma série de ameaças, que vão desde desastres naturais, como terremotos e tsunamis, até ações humanas, como vandalismo e espionagem. Além disso, a manutenção dessas estruturas é complexa e requer investimentos significativos.

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Yantar, navio de pesquisas da Rússia que navegou na Amazônia Azul em atitudes suspeitas (Foto: Wikimedia Commons)

O governo brasileiro precisa reconhecer a importância desses cabos e incluí-los na sua política de infraestruturas críticas. Isso permitirá que sejam desenvolvidas estratégias mais eficazes para proteger essas estruturas vitais e garantir que o Brasil continue conectado ao mundo, mesmo em face de ameaças crescentes.

Conclusão

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Crédito: Freepik

É hora de dar a devida atenção aos cabos submarinos e reconhecer seu papel vital na infraestrutura nacional. Eles são a linha de vida da nossa economia digital e um pilar fundamental para a segurança nacional. Ao incluí-los na Política Nacional de Infraestruturas Críticas, o Brasil estará dando um passo importante para garantir um futuro mais seguro e conectado para todos nós.

Agora que você conhece a importância dos cabos submarinos para o Brasil, é hora de levantar essa bandeira e exigir que eles recebam a atenção e proteção que merecem. Juntos, podemos trabalhar para construir um Brasil mais forte e conectado.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).