José Martins Ribeiro Nunes, conhecido como Zé Peixe, nasceu em 5 de janeiro de 1927, em Aracaju. Ele cresceu às margens do rio Sergipe e aprendeu a nadar com seus pais. Aos 20 anos, Zé Peixe tornou-se prático da Capitania dos Portos de Sergipe após passar em um concurso e desempenhou a função por quase 50 anos.
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Zé Peixe era chamado de “homem-peixe” por sua habilidade de nadar até os navios sem barcos de apoio. Ele guiava as embarcações para mar aberto e, depois, amarrava suas roupas e documentos na bermuda, saltava do parapeito da embarcação e nadava até 10 km até a praia. Por vezes, usava uma prancha para deslizar nas ondas até as embarcações mais distantes e aguardava, apoiado na boia, a maré favorável para o desembarque.
A lenda do “homem-peixe” cresceu em Sergipe, e Zé Peixe continuou seu trabalho como prático, mesmo na terceira idade. Ele só se afastou das atividades junto à Marinha aos 82 anos, quando foi acometido pelo Alzheimer.
Zé Peixe recebeu diversas homenagens e reconhecimentos, como a medalha do Mérito Serigy e a medalha Almirante Tamandaré. Sua estátua ocupa lugar de destaque no Memorial de Sergipe e na entrada do Museu da Gente Sergipana. O Espaço Zé Peixe, localizado no centro da capital, também homenageia o herói sergipano.
Falecido em 2012, Zé Peixe viveu e morreu na simplicidade e hoje é lembrado como um herói no folclore sergipano.