Este ano, durante as comemorações em homenagem à Força Expedicionária Brasileira (FEB) nas cidades de Massarosa e Camaiore, vislumbrou-se a possibilidade de restauração da simbólica Cruz do Monte Prano, 50 anos após sua instalação no local. O objetivo exigiu a convergência de ações de diferentes órgãos, como a Prefeitura de Camaiore, a Aditância do Exército Brasileiro na Itália, a Administração do Monumento Votivo Militar de Pistoia (MVMP), empresários e voluntários locais e o grupo de escaladores e alpinistas “Amici della Montagna”.

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O trabalho foi concluído em outubro do corrente ano e a cidade de Camaiore, rememorando o triunfo sobre o jugo nazifascista, recuperou o simbólico monumento que de forma perene recorda o empenho das tropas brasileiras que combateram pela justiça e liberdade da região.

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Histórico da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial

Entre os meses de setembro de 1944 e maio de 1945, a FEB participou efetivamente das operações militares para a libertação da Itália do jugo nazifascista, durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse período, atuou sob o Comando do IV Corpo de Exército do V Exército de Campanha dos Estados Unidos da América (EUA).

A primeira missão de combate da FEB na guerra teve início em 13 de setembro de 1944. A partir de então, os bravos militares que integravam as tropas nacionais escreveram páginas de honra, sacrifício e glória que se perpetuarão na historiografia militar brasileira e mundial.

A FEB seguiu para a Itália com um efetivo superior a 25 mil militares, divididos em cinco escalões marítimos. As missões iniciais de combate em solo italiano foram efetivadas pelo primeiro escalão da FEB, cujo contingente tinha por base o 6º Regimento de Infantaria (6º RI). As primeiras tropas brasileiras haviam desembarcado na Itália em 16 de julho de 1944.

O início das operações militares da FEB na Itália ocorreu na Região da Toscana, precisamente no Vale do Rio Serchio, e promoveu as primeiras conquistas brasileiras sobre as forças nazifascistas: ocupação e liberação da cidade de Massarosa (17 de setembro de 1944); conquista da cidade de Camaiore (18 de setembro de 1944); conquista do Monte Prano (26 de setembro de 1944); ocupação e liberação das cidades de Fornaci e Coreglia Antelminelli (6 de outubro de 1944); de Barga (11 de outubro de 1944); de Sommocolonia (24 de outubro de 1944); e de Trassilico e Verni (25 de outubro de 1944).

Durante as ações da FEB para a conquista de Camaiore, militares brasileiros proporcionaram à população local certa dignidade durante aquele período de rígida escassez. Uma das famílias ajudadas foi a do Senhor Alessandro Paoli, que possuía 13 anos na época. A generosidade e a solidariedade dos militares brasileiros contribuíam mais uma vez para renovar o ânimo da população civil italiana, oprimida pela guerra e pelo domínio nazifascista.

Em 1968, o Senhor Paoli, cidadão italiano e habitante de Camaiore, resolveu homenagear as tropas brasileiras que libertaram sua cidade e a região e também ajudaram sua família durante os idos de setembro de 1944. A homenagem materializou-se na construção de uma Cruz metálica com 12 metros de altura, fixada sobre o cume do Monte Prano, a 1230 m de altitude, em um ponto com pleno comandamento sobre a cidade de Camaiore.

Fonte: EB

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).