A 3ª Jornada Prospectiva em Defesa, organizada pelo Laboratório de Simulações e Cenários da Escola de Guerra Naval (LSC/EGN), destacou-se na última semana por trazer temáticas presentes e futuras sobre o avanço das pesquisas em segurança defesa e a construção de uma rede de monitoramento de Sementes de Futuro em áreas como Ameaças Eletromagnéticas, Biodefesa e Segurança Alimentar, Escassez de Recursos, Energia Nuclear e Futuro, Guerra do Futuro, Meio Ambiente Marítimo, Segurança Espacial, Tendências de Impacto Marítimo-Naval, Cibersegurança, Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT).
Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.
Foram dois dias de painéis e mesas redondas compostas por especialistas de universidades nacionais e internacionais, proporcionando um espaço para diálogos abertos e compartilhamento de conhecimentos.
No primeiro dia, durante o período da manhã, ocorreu a solenidade de abertura oficial do evento com a participação do diretor da EGN, CAlte Gustavo Calero Garriga Pires, e a presença do presidente do Centro de Estudos Políticos Estratégicos da Marinha do Brasil (CEPE-MB), Alte Esq (RM1-FN) Paulo Martino Zuccaro, do renomado Think Tank em Estudos Marítimos. Em seguida, a primeira mesa de debates intitulada “Futuro da energia nuclear na propulsão naval” trouxe discussões sobre os desafios e a evolução do SCPN, além de abordar o progresso da pesquisa do PROCAD-SCPN (Submarino Convencional de Propulsão Nuclear), conduzido no âmbito da CAPES e do Ministério da Defesa.
No primeiro dia, durante o período da tarde, foram realizadas duas mesas de discussão de extrema relevância para o evento: “Ficção e Prospectiva de Defesa” e “Pesquisas discentes em andamento no PROCAD Prospectiva”. Nessas mesas, os mestrandos e doutorandos do PPGEM tiveram a oportunidade de apresentar suas pesquisas e compartilhar experiências sobre como os estudos de futuro e cenarização desempenham um papel fundamental na pesquisa acadêmica e na identificação de sinais de futuro. Essa abordagem prospectiva, que inclui a criatividade e a imaginação, e utilizada por Forças Armadas de outros países, é de suma importância para a visão de longo prazo do Brasil. Ao explorar cenários futuros e antecipar tendências, os pesquisadores acadêmicos contribuem significativamente para o desenvolvimento estratégico nacional. Com base nas informações prospectivas, os formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão podem adotar medidas com subsídios diversificados para enfrentar os desafios emergentes e aproveitar as oportunidades futuras. Além disso, a prospecção acadêmica alimenta o progresso científico e tecnológico do país, impulsionando a inovação e o avanço em diversas áreas.
No segundo dia, durante o período da manhã, ocorreu a “Reunião dos Coordenadores de IES do PROCAD Prospectiva” com a participação dos representantes da Escola de Guerra Naval (EGN), a Escola Superior de Guerra (ESG), a Universidade Católica de Brasília, a Faculdade Católica de Rondônia, a Escola Superior de Defesa (ESD) e a Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto. Ainda, foram mencionadas as Instituições Associadas como a Receita Federal, a FIRJAN, Petrobras-Inteligência, a Brainstorming e a Amazul. Nesta mesa foram apresentados os avanços metodológicos e o desenvolvimento da construção da Rede colaborativa de pesquisa e monitoramento de sementes do futuro para acompanhamento dos cenários prospectivos do Ministério da Defesa. Na sequência, ocorreu a mesa “Software de Pesquisa Prospectiva” com a apresentação do João Menezes, sócio-fundador da SocialPort e da Beep Solutions.
Antes do intervalo, foi conduzida uma dinâmica híbrida, coordenada pela Doutoranda do PPGEM, Jessica Leite, que atualmente está realizando o doutorado sanduíche no King’s College. O objetivo da dinâmica foi identificar o papel da participação social nas pesquisas prospectivas de segurança e defesa. Durante a atividade, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar ideias e insights valiosos sobre como a interação na coleta de dados pode enriquecer e aprimorar a perspectiva prospectiva. Esse tipo de abordagem inclusiva permite que as pesquisas considerem uma variedade de perspectivas e necessidades, tornando-as mais abrangentes e relevantes para o contexto nacional e internacional. A dinâmica híbrida, realizada com sucesso, reforçou a importância de envolver a sociedade no processo de prospecção acadêmica, bem como entender os pontos em que é possível melhorar e calibrar o processo de coleta.
No segundo dia, no período da tarde, ocorreu a mesa “Sementes Futuros de Defesa – desafios da redação à divulgação” que tratou dos desafios, superações e processos de consolidação, coleta, equipe e análise dos dados, bem como do desafio do primeiro protótipo. Após essa mesa, foram realizadas, de forma concomitante, diversas outras mesas das Linhas de Pesquisa de Cenários do Laboratório de Simulações e Cenários; a saber: IA- desafios e oportunidades para a Defesa, Guerra Híbrida, o que aprendemos com a Guerra Rússia x Ucrânia; Escassez energética e a Energia Nuclear no Futuro; Megatendências Brasil 2040, Report Macrotendências 2023-2024 – Lab de Tendências/FIRJAN e, Agricultura 5.0: Inovações, desafios e cenários.
Todo o evento ocorreu de forma híbrida, destacando o compromisso da organização junto à sociedade em disseminar o saber e as pesquisas desenvolvidas pela Instituição, promovendo o avanço do conhecimento sobre temas complexos com a participação de pesquisadores, acadêmicos, militares e empresas engajados na troca aberta de ideias.
O evento fortalece a construção de uma visão de longo prazo para o Brasil ao impulsionar o conhecimento e reforçar a determinação da Instituição em contribuir e colaborar com diversas outras Instituições na construção de um futuro com visão de longo prazo. O Cmte (RM1) Claudio Corrêa é o organizador e idealizador da Jornada Prospectiva desde sua primeira edição, em 2019.
