Um Marco para a Proteção Digital no Brasil

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O cenário digital do Brasil recebeu um importante reforço com a publicação, no Diário Oficial da União, do decreto presidencial que institui a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber). Este decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representa um passo significativo na direção de uma infraestrutura digital mais segura e resiliente.

Contexto e Importância da PNCiber

A PNCiber surge em um momento crítico, onde os desafios digitais são cada vez mais complexos e abrangentes. Com o crescimento exponencial da internet e das tecnologias digitais, o Brasil enfrenta desafios únicos em termos de segurança cibernética. Este decreto vem como uma resposta estratégica, estabelecendo diretrizes claras e objetivos específicos para proteger o ciberespaço nacional.

Estrutura e Função do Comitê Nacional de Cibersegurança

Um aspecto fundamental da PNCiber é a criação do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber). Este comitê será responsável por propor atualizações para a própria política e seus instrumentos, como a Estratégia Nacional (e-Ciber) e o Plano Nacional de Cibersegurança (p-Ciber). Além disso, o CNCiber terá um papel crucial na sugestão de estratégias de colaboração internacional no combate a crimes cibernéticos, uma necessidade crescente em um mundo digitalmente interconectado.

Composição Diversificada e Reuniões Periódicas

O CNCiber será composto por representantes do governo, da sociedade civil, de instituições científicas e do setor empresarial, refletindo uma abordagem inclusiva e multidisciplinar. A diversidade de perspectivas é essencial para abordar a complexidade dos desafios cibernéticos. As reuniões trimestrais do comitê garantirão uma atualização e revisão constantes das estratégias de cibersegurança.

Objetivos Primários da PNCiber

Os objetivos delineados no decreto são abrangentes e atendem a várias necessidades nacionais. Eles incluem o desenvolvimento de mecanismos de regulação, fiscalização e controle para aprimorar a segurança cibernética; a promoção de produtos, serviços e tecnologias nacionais para cibersegurança; e a garantia de confidencialidade, integridade, autenticidade e disponibilidade nas soluções digitais e de dados. Além disso, a PNCiber visa fortalecer a atuação no ciberespaço de grupos vulneráveis, como crianças, adolescentes e idosos, e desenvolver a educação e capacitação em segurança cibernética.

Fomento à Pesquisa e Cooperação Intersetorial

A política também estabelece o fomento às atividades de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação na área. Isso é crucial para o avanço tecnológico e a independência digital do Brasil. Além disso, a PNCiber busca incrementar a atuação coordenada e o intercâmbio de informações de segurança cibernética entre os três poderes do governo, entes federativos, setor privado e sociedade.

Evolução Constante

A Política Nacional de Cibersegurança é um marco na trajetória digital do Brasil. Ela não apenas estabelece as bases para uma infraestrutura digital mais segura, mas também fomenta a inovação e a cooperação entre diversos setores. Com a implementação desta política, o Brasil dá um passo significativo para se posicionar como um líder em segurança cibernética na arena global.

Fonte: DCiber.org

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).