No coração de Brasília, um evento significativo marcou não apenas uma página na história do Exército Brasileiro, mas também reafirmou o compromisso do país com a preservação de sua herança cultural e histórica. O Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) teve a honra de receber, na última quinta-feira, uma doação que transcende o valor material: uma coletânea completa do Jornal Zé Carioca, uma relíquia da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

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Preservação da História

A entrega foi feita por Marcos Moretzsohn Renault Coelho, presidente da Associação Nacional da Força Expedicionária Brasileira (FEB), detentor de um acervo que é um verdadeiro tesouro nacional. A coletânea representa a voz dos bravos soldados brasileiros que lutaram em terras distantes, um eco de suas vivências, desafios e vitórias. Este periódico, produzido pelo Serviço Especial da FEB durante o conflito global, servia como um canal de comunicação crucial entre os combatentes, trazendo notícias mundiais e mantendo o moral elevado.

O Jornal Zé Carioca na Guerra

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Produzido em Florença, Itália, sob a liderança do Cabo José Cesar de Andrade Borba, o Jornal Zé Carioca era uma fonte de informação e entretenimento para os membros da FEB, distribuído bissemanalmente ao longo da frente de batalha. Mais do que simples boletins, cada edição carrega em si a determinação e o espírito de luta dos pracinhas brasileiros, tornando-se um documento histórico inestimável.

Restauração e Legado

O esforço dedicado à coleta e restauração dessas edições, como relatado por Coelho, reflete a importância de salvaguardar nosso passado para as futuras gerações. Este projeto de duas décadas culminou na reprodução das edições originais em um livro, que não apenas perpetua as memórias daqueles que serviram, mas também serve como uma ferramenta educacional valiosa.

Cerimônia de Entrega

A cerimônia contou com a presença de figuras ilustres, incluindo o General de Divisão Alcides, Chefe do CCOMSEx, e veteranos da Turma de 1970 da Academia Militar das Agulhas Negras, nomeados em homenagem à Força Expedicionária Brasileira. Este gesto simboliza o reconhecimento e a valorização do sacrifício e contribuição dos veteranos da FEB, reforçando a conexão entre as gerações passadas, presentes e futuras.