Na Câmara dos Deputados, em Brasília, ocorreu uma audiência pública crucial nesta quarta-feira, convocada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN). O evento contou com a presença do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e dos comandantes das Forças Armadas, além de diversos deputados federais interessados no fortalecimento das políticas de defesa nacional. Durante a audiência, o ministro abordou as principais realizações e desafios do setor, enfatizando a necessidade de incrementar os investimentos em defesa para alinhar o Brasil aos padrões internacionais.

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INVESTIMENTOS E EXPECTATIVAS ECONÔMICAS

Segundo José Mucio, o Brasil investe atualmente apenas 1,1% do PIB em defesa, um valor abaixo da média mundial de 2,3% e significativamente menor que o compromisso de 2% do PIB estabelecido pelos países membros da OTAN. Para mudar esse cenário, o Governo Federal planeja aportar R$52,8 bilhões no setor até 2030, como parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esses investimentos têm o potencial de gerar cerca de 130 mil empregos, impactando positivamente na economia nacional e no desenvolvimento tecnológico do país.

AÇÃO SOCIAL E BASE INDUSTRIAL DE DEFESA

O ministro também destacou as contribuições do ministério em resposta a calamidades naturais e na repatriação de brasileiros em situação de risco no exterior. Além disso, ele ressaltou a importância da Base Industrial de Defesa, que não só sustenta os projetos estratégicos militares, mas também contribui significativamente para o PIB nacional. Atualmente, o parque industrial de defesa compreende 237 empresas, representa 4,78% do PIB, e emprega diretamente e indiretamente cerca de 2,9 milhões de pessoas.

EXPORTAÇÕES E PROJEÇÕES PARA O FUTURO

Em 2023, o Brasil alcançou um marco como o maior exportador de produtos de defesa da América do Sul, com vendas externas autorizadas totalizando US$1,4 bilhão — um aumento de aproximadamente 125% em relação ao ano anterior. Com os novos investimentos e estratégias em andamento, espera-se que esses números dobrem em 2024, fortalecendo ainda mais a posição do Brasil no mercado global de defesa.

REFORÇO NA CREDIBILIDADE E COLABORAÇÃO INTERNACIONAL

A participação ativa do Ministro da Defesa na CREDN não apenas responde aos requerimentos dos deputados envolvidos, mas também reafirma o compromisso do governo em manter um diálogo aberto e construtivo sobre a segurança nacional com o legislativo. Esta colaboração é essencial para assegurar que o Brasil continue a desenvolver uma política de defesa robusta e integrada, capaz de responder aos desafios contemporâneos tanto em território nacional quanto em arenas internacionais.