© Acnur/Jaime Giménez Sánchez Acnur defende que aniversário é uma oportunidade de reconhecer a dedicação, a coragem e as contribuições dos trabalhadores

Neste 14 de dezembro, a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, marca 70 anos de existência. Foi nesta data, em 1950, que a Assembleia Geral da ONU adotou o Estatuto do Escritório do Alto Comissariado da ONU para Refugiados.

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Refugiados, deslocados, candidatos a asilo e apátridas são o escopo principal da agência que no mesmo dia teve adotado o projeto de Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados. O documento foi finalizado e preparado para assinatura em julho de 1951.

Contribuição

A agência destaca ainda a situação dos venezuelanos, que têm 3,6 milhões de seus cidadãos fora do país, a coragem e as contribuições dos trabalhadores em todo o mundo. O momento sugere uma reflexão sobre a atuação para ganhar inspiração para o futuro.

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Acnur/Felipe Irnaldo Acnur destaca ainda a situação dos venezuelanos, que têm 3,6 milhões de seus cidadãos fora do país
O mundo tem 79,8 milhões de pessoas forçadas a deixar suas áreas de origem. Deste número, 26 milhões são refugiados e outros 45,7 milhões deslocados internos. Estima-se que 4,2 milhões buscam asilo em vários países.

A agência destaca ainda a situação dos venezuelanos, que têm 3,6 milhões de seus cidadãos fora do país.

Em artigo de opinião, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, realça o orgulho pelo trabalho da agência, mas enfatiza que a alta de refugiados e deslocados a cada ano, faz com que o aniversário não seja motivo de comemoração.

Serviços

O chefe do Acnur disse que o desafio dos líderes mundiais é que ajudem o Acnur a acabar com o deslocamento forçado e que os serviços da agência se tornem irrelevantes.

© Acnur/Mohamed Alalem Refugiados da Somália, Síria e Eritreia, que foram libertados dos centros de detenção na Líbia, com funcionários do Centro de Recolhimento e Partida do Acnur em Trípoli, na Líbia.
Grandi esclarece que, na atual situação, o trabalho do Acnur é crucial, mas o paradoxo é que isso não deveria existir. Ele afirmou que uma análise de vários outros aniversários leva à única conclusão de que nesse aspeto “a comunidade internacional fracassou”.

Para Grandi, se os fatores que levam ao deslocamento fossem resolvidos em apenas alguns países, milhões de refugiados e deslocados poderiam voltar para casa.

O chefe da agência realça que esse seria sim um bom começo e razão para que todos pudessem realmente celebrar. O Acnur atua com 17.324 funcionários, 90% deles trabalhando no terreno em 135 países.

Acnur/Hazim Elhag Refugiados etíopes que fogem de confrontos na região de Tigray, no norte do país, descansam e cozinham perto do centro de recepção Hamdayet do Acnur, após cruzarem para o Sudão.
Fonte: ONU News
Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).