A BAE Systems, em um passo estratégico importante, assinou um acordo com o Exército dos Estados Unidos para a produção das estruturas principais do obuseiro leve M777. Este acordo, sob a Ação de Contrato Não Definida (UCA) e limitado a US$ 50 milhões, sinaliza uma fase crucial para o reinício da produção deste equipamento bélico. Este obuseiro, conhecido pela sua leveza e eficiência, é uma peça central na artilharia moderna, sendo de vital importância para as operações militares atuais, especialmente considerando o contexto de uso na Ucrânia.

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Integração Transatlântica na Produção

A BAE Systems, aproveitando sua rede de cadeia de suprimentos tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos, se concentrará na produção das estruturas de titânio que formam a base do M777. Estas estruturas são fundamentais para manter a natureza leve do canhão, uma característica que define a sua eficácia em combate. A entrega das primeiras unidades está prevista para 2025, marcando um avanço significativo na capacidade operacional do Exército dos EUA e de seus aliados.

Demanda Global e Potencial de Expansão

Observa-se um aumento na demanda pelo sistema de armas M777 em regiões como Europa, Ásia e Américas, refletindo a confiança global neste obuseiro. O novo contrato não apenas permite a retomada da produção no Reino Unido, mas também abre caminho para que novos e atuais usuários se juntem a esta iniciativa, beneficiando-se de economias de escala e da comprovada eficácia de combate do M777. Países como EUA, Canadá e Austrália já demonstraram seu apoio ao doar M777s para a Ucrânia, enfatizando a importância deste sistema na geopolítica contemporânea.

O Futuro do M777: Inovação e Versatilidade

John Borton, vice-presidente e gerente geral da BAE Systems Weapons Systems UK, destacou a importância do reinício da produção do M777, especialmente considerando sua utilização na Ucrânia. O M777 é notável por ser metade do peso de outros obuseiros rebocados de 155 mm, oferecendo uma resposta rápida e eficaz em condições de combate. A BAE Systems planeja manter o M777 na vanguarda da tecnologia de artilharia, incorporando inovações como munições guiadas de precisão de longo alcance e opções flexíveis de mobilidade.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).