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Em um momento crucial da história contemporânea, onde a tensão geopolítica está em seu ápice, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) dá um passo significativo para fortalecer a cooperação e a defesa estratégica entre as nações aliadas. No último sábado, dia 9, um grandioso exercício militar foi iniciado no Mar Báltico, envolvendo a participação de 14 países, incluindo potências globais como os Estados Unidos. Este evento, que se desdobra em meio ao conflito russo-ucraniano, serve como uma poderosa demonstração de força e unidade, sinalizando uma nova era de colaboração militar estratégica.

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Operação Northern Coasts 23: Um Marco Histórico

Sob a liderança da Alemanha, a operação Northern Coasts 23 mobiliza uma força impressionante, composta por cerca de 30 navios, submarinos, 19 aviões e diversas unidades terrestres. Mais de 3.200 soldados estão engajados neste treinamento, que pela primeira vez desde sua concepção em 2007, se desenvolve em um cenário realista, focado na defesa da Otan. O almirante Stephan Haisch, que comanda a operação a partir da cidade portuária de Rostock, na Alemanha, destacou a magnitude deste exercício, que não apenas simboliza uma demonstração de força, mas também marca a primeira vez que a Marinha alemã planeja e lidera uma operação desta envergadura.

Foco Estratégico e Cooperação Internacional

Os exercícios, que se estenderão até o dia 23 de setembro, estão centrados principalmente nas águas costeiras da Estônia e da Letônia, abrangendo também áreas terrestres e aéreas associadas, além de regiões centrais e orientais do Mar Báltico. Esta operação representa uma mudança significativa na estratégia da Otan, que anteriormente focava em preparações contra ataques de piratas, terroristas e traficantes. Agora, o objetivo principal é aprimorar a cooperação entre as forças navais, terrestres e aéreas, com ênfase especial na defesa dos portos e em operações anfíbias contra alvos terrestres.

Uma Nova Era de Defesa e Segurança

Além da Alemanha, esta edição da operação envolve uma coalizão de países, incluindo Estados Unidos, França, Itália, Finlândia, Estônia, Dinamarca, Canadá, Bélgica, Lituânia, Letônia, Países Baixos, Polônia e Suécia. Este exercício militar monumental não apenas fortalece a aliança da Otan, mas também sinaliza uma nova era de defesa e segurança, especialmente considerando as recentes adições à aliança, com a Finlândia tornando-se o 31º membro e a Suécia aguardando a ratificação da Turquia para integrar este bloco militar. Em meio a um cenário global tenso, marcado pela guerra russa contra a Ucrânia, estas manobras servem como um lembrete poderoso da força unificada que a Otan representa, pronta para garantir a segurança e a estabilidade da região.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).