Foto Tirada cidade de Torreta 8-3-1945 Italia Front - Site de Leilões Marcio Pinho

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) se destacou não apenas pelos seus feitos em combate, mas também pela sua composição racialmente diversificada e integrada. Enquanto outras forças aliadas, como as dos Estados Unidos e da França, mantinham unidades segregadas racialmente, a FEB representava um modelo de inclusão, com brasileiros de diversas etnias lutando lado a lado.

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Vitórias no Campo de Batalha e na Integração Social

A FEB foi a única tropa combatente na Europa que era miscigenada racialmente, uma característica que refletia o mosaico étnico do Brasil. Esta integração se mostrou não apenas um símbolo de humanidade e respeito mútuo, mas também uma vantagem estratégica. A coesão social dentro da unidade permitiu que a FEB operasse com uma eficácia que desafiava as normas da época, que frequentemente viam a diversidade racial como uma desvantagem.

Percepção Aliada e Impacto Cultural

Inicialmente, muitos países aliados viam a composição miscigenada da FEB como um ponto fraco. No entanto, a performance da FEB no teatro europeu — particularmente nas campanhas da Itália, onde se destacaram em batalhas como a de Monte Castello — demonstrou o contrário. A habilidade dos brasileiros em trabalhar harmoniosamente em um ambiente de extrema pressão e perigo ressaltou a força que vem da diversidade.

Humanidade Além do Combate

O comportamento dos soldados da FEB também era notável fora dos campos de batalha. A tropa era conhecida por sua humanidade e bom trato para com os civis europeus, uma extensão dos valores éticos e culturais do Brasil. Esta abordagem não só fortaleceu a imagem do Brasil no exterior como também promoveu uma reflexão nas nações aliadas sobre suas próprias políticas raciais e militares.

Um Legado Permanente

O legado da Força Expedicionária Brasileira transcende suas conquistas militares. A FEB exemplifica como a diversidade pode ser uma força propulsora para a unidade e sucesso, mesmo em tempos de guerra. A sua história continua a inspirar as gerações futuras a valorizar a integridade e a humanidade acima de tudo. Enquanto o mundo lutava uma guerra contra o fascismo, a FEB lutava também por um ideal de igualdade e respeito mútuo, valores que são eternamente relevantes.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).