Nomeado para o cargo na gestão da ex-presidente Dilma Roussef, o atual dirigente da Nuclep, Carlos Henrique Seixas virou referência na gestão pública, sendo destaque em feiras internacionais, recebendo diversos prêmios e certificações. Mas o caminho não foi fácil, houve um longo processo de recuperação financeira e comercial da empresa, que estava praticamente falida, sendo reerguida graças ao trabalho intenso de sua equipe e na defesa da companhia contra o processo de privatização.

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Para dirigir uma empresa desse porte, não pode ser qualquer pessoa. Tudo que envolve segredos de Tecnologia e de Defesa, precisa do sigilo absoluto. Para titularidade de uma estatal estratégica, é preciso ter uma gestão reconhecida, de confiança dos clientes, experiência e know how comprovados. Além disso, a empresa tem uma enorme responsabilidade geopolítica regional, por ser a empresa responsável pela construção do primeiro Submarino de Propulsão Nuclear da América Latina.

A escolha realizada pela gestão da Presidente Dilma Rousseff perpetuou com sucesso a frente da NUCLEP. O Programa de Submarinos da Marinha do Brasil, lançado pelo presidente Lula, já tinha a previsão de construção dos quatro submarinos convencionais e um Submarino de Propulsão Nuclear, que requer informações classificadas de Defesa e Nuclear. Dessa forma, a nomeação do Almirante pela presidente Dilma teve caráter técnico vinculado à Marinha. Esse submarino nos tornará uma das seis únicas nações do mundo a ter um equipamento de Defesa desse porte e tecnologia, sempre alinhado às diretrizes do ProSub e do Programa Nuclear da Marinha do Brasil.

A Nuclep tem hoje, em sua carteira de negócios, um faturamento previsto para 2023, no valor de 95 Milhões, em 2024, um faturamento de 105 Milhões, considerando somente os contratos já assinados. Em seu piso fabril, há obras em andamento que atendem a todos os segmentos que atua: Nuclear, Defesa, Energia, e Óleo e Gás.

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Audiência pública na Câmara dos Deputados (6 de outubro de 2021) – Reprodução/Youtube

Mesmo com tantas conquistas, tendo conseguido reverter o antigo cenário de aparelhamento político e caixa deficitário, durante o governo do ex-presidente Bolsonaro, a empresa foi incluída no Programa Nacional de Desestatização, criando uma ampla discussão de como a empresa responsável pelo Programa Nuclear Brasileiro seria passada para a iniciativa privada. Desde então o dirigente Carlos Henrique Seixas foi à Câmara dos Deputados explicar a importância da Nuclep para o país, a sua atuação no Programa de Submarinos da Marinha (PROSUB), na produção de torres de energia e como a maior caldeiraria pesada do Brasil, produzindo equipamentos para as usinas de Angra e para as plataformas de petróleo.

O presidente da estatal lembra ainda da importância dos funcionários da NUCLEP. Sempre investimos na qualificação da mão de obra da empresa, para a manutenção dos equipamentos estratégicos por ela fabricados às Usinas nucleares de Angra dos Reis. E ratifica a importância do entendimento de que o submarino de propulsão nuclear brasileiro é um desenvolvimento totalmente nacional, envolvendo muitos segredos e informações classificadas: “A Nuclep é a única companhia no país capaz de construir equipamentos nucleares, desde o vaso do reator do SN-BR aos Acumuladores e Trocadores de Calor de Angra 3”, afirmou Seixas.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).