As mulheres estão desafiando os estereótipos e conquistando seu espaço no esporte de alto rendimento, com uma participação cada vez mais expressiva no Programa Olímpico da Marinha (PROLIM). Hoje, as mulheres constituem a maioria das equipes do PROLIM, com 117 esportistas do sexo feminino de um total de 221 atletas. Elas têm se destacado em diversos esportes, de natação a levantamento de peso, somente quatro das 26 modalidades apoiadas pelo PROLIM ainda não contam com a presença feminina.

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A presença feminina no PROLIM busca promover a igualdade e fortalecer o papel das mulheres no esporte de alto rendimento. Conforme afirma o Contra-Almirante Reinaldo Reis de Medeiros, Presidente da Comissão de Desportos da Marinha (CDM) e Comandante do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), “ao incentivar e apoiar a participação das mulheres nesse programa, estamos proporcionando oportunidades para que elas desenvolvam suas habilidades atléticas e representem o País em competições internacionais”.

Superando Limites: O Exemplo de Laura Nascimento Amaro

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A Terceiro-Sargento Laura Amaro completa cinco anos no PROLIM em 2023 – Imagem: arquivo pessoal

Um grande exemplo do sucesso alcançado pelas mulheres no PROLIM é a Terceiro-Sargento Laura Nascimento Amaro, a primeira medalhista feminina brasileira em um Mundial de Levantamento de Peso Olímpico. Com uma trajetória impressionante, Laura acumulou conquistas notáveis, incluindo o vice-campeonato mundial e pan-americano em 2021, o terceiro lugar no Pan-Americano em 2022 e o Prêmio Brasil Olímpico 2022.

Laura iniciou sua jornada esportiva aos 13 anos, a partir do Programa Forças no Esporte (PROFESP) no CEFAN, um programa destinado a atender crianças, jovens e adolescentes, preferencialmente em situação de vulnerabilidade social, matriculados na rede pública de ensino. Hoje, Laura está se preparando para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e é uma grande inspiração para muitos jovens atletas, principalmente para as meninas que desejam seguir seus passos.

O Papel do PROLIM no Desenvolvimento do Esporte Brasileiro

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Terceiro-Sargento Beatriz Ferreira é medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de 2020 e campeã mundial da categoria 60kg no boxe em 2019 e 2023 – Imagem: CDM

O PROLIM desempenha um papel vital no desenvolvimento do esporte nacional de alto rendimento, sendo um fator importante para a evolução do esporte olímpico brasileiro. O suporte direto proporcionado pelos soldos (salários dos atletas militares) tem permitido que jovens atletas promissores continuem se dedicando ao treinamento, evoluindo tecnicamente e se tornando muito competitivos internacionalmente.

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Terceiro-Sargento Áila Alves Miranda, ganhadora do prêmio “Atleta do Ano 2022 do CISM” (Conseil International du Sport Militaire), durante prova de Pentatlo Naval – Imagem: CEFAN

A candidatura para o PROLIM é feita voluntariamente, por meio de editais publicados pelo Comando do 1° Distrito Naval, no Rio de Janeiro. O processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Se aprovados, os atletas passam por uma formação militar-naval, com duração média de 45 dias, com ênfase nas atividades desenvolvidas pelo Corpo de Fuzileiros Navais.

A Transformação do Esporte Brasileiro pelas Mulheres

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Bronze na modalidade carabina três posições, a Terceiro-Sargento Fernanda Esteves durante o Campeonato Brasileiro de Tiro das Forças Armadas – Imagem: CDM

O esporte brasileiro está sendo transformado pelas mulheres. Sua presença crescente no PROLIM e suas conquistas expressivas demonstram que as barreiras estão sendo superadas e que o sucesso está ao alcance de todas. A história das mulheres no esporte é uma história de superação, dedicação e sucesso, uma história que serve de inspiração para todos nós.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).