No noticiário da CCTV, chineses e estrangeiros, inclusive brasileiros, deixam o Sudão em guerra - Reprodução

No final da semana passada, a Marinha do Exército de Libertação Popular da China realizou uma ação humanitária de grande impacto no Sudão, país em guerra, evacuando centenas de pessoas e levando-as para o porto de Jeddah, na Arábia Saudita. A rede CCTV, incluindo no telejornal Xinwen Lianbo, noticiou a operação de resgate, na qual o navio Weishanhu levou um segundo grupo de chineses e estrangeiros para o porto saudita.

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Dentre os evacuados, encontravam-se seis brasileiros da mesma família, além de cidadãos de outros cinco países. O patriarca da família brasileira, chamado apenas de Zuhair, expressou gratidão e emoção pela ajuda prestada pela Marinha chinesa, que não só providenciou acomodações para eles, mas também se preocupou com suas necessidades alimentares e restrições religiosas.

A operação de resgate envolveu um total de 493 pessoas, sendo 272 chineses, e contou com a escolta do navio militar Nanning. A notícia repercutiu em portais como o 163.com e nos jornais Huanqiu (Global Times) e South China Morning Post, de Hong Kong.

A importância da ação humanitária

Os paquistaneses formavam a maioria entre os estrangeiros resgatados. Liu Jinsong, chefe para assuntos asiáticos do ministério chinês do exterior, afirmou ao embaixador do Paquistão que Pequim “tentou fazer o seu melhor para evacuar os cidadãos de países amigos, junto com os seus”. Essa atitude ressalta a postura humanitária e de cooperação internacional adotada pela China.

Ao desembarcarem do Weishanhu em Jeddah, paquistaneses e outros estrangeiros agitavam bandeiras de seus países, da China e da Arábia Saudita, ao som de músicas nacionalistas chinesas como “Ode à Pátria” e “Meu Povo, meu País”.

Contraste com a postura americana

A ação humanitária da Marinha chinesa foi destacada pela porta-voz Hua Chunying, ministra-assistente do exterior, contrastando com a postura dos Estados Unidos, que priorizaram a evacuação de diplomatas e militares.

Essa diferença de abordagem coloca em evidência a crescente influência e cooperação da China no cenário internacional, mostrando-se como uma nação comprometida com ações humanitárias e solidárias, mesmo em regiões em conflito.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).