A Ilha da Trindade é um verdadeiro tesouro nacional, situada a mais de mil quilômetros de Vitória (ES) e ainda mais distante da costa africana. Embora muitos brasileiros não a conheçam, essa ilha desempenha um papel crucial na produção de conhecimento científico e na afirmação da soberania brasileira no Atlântico Sul. Descoberta em 1501 e incorporada ao Brasil em 1822, a ilha tem uma rica história que inclui a chegada do astrônomo Edmund Halley e a introdução de espécies exóticas que alteraram seu ecossistema original.

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Presença Militar e Soberania Nacional

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Vista aérea do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT) – Imagem: 2ºSG-MEC Leal

Junto com as Ilhas Martin Vaz, Trindade é a parte mais oriental do território brasileiro. A presença contínua da Marinha do Brasil na ilha, através do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT), é fundamental para garantir a soberania do país na região. Esta presença permite ao Brasil estabelecer e explorar o Mar Territorial e a Zona Econômica Exclusiva, adicionando uma vasta área às águas jurisdicionais brasileiras, conhecida como “Amazônia Azul”. O Capitão de Corveta Eliezer Louredo Ferreira destaca a importância da colaboração entre militares e pesquisadores, beneficiando toda a sociedade brasileira.

Pesquisa e Conservação na Ilha

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Palestra de conscientização ambiental do ONDA-ILOC – Imagem: bióloga Juliana Fonseca

A ilha é um polo de pesquisa científica. Projetos como o PROTRINDADE promovem estudos em diversas áreas, desde meteorologia até medicina. A Marinha do Brasil oferece suporte logístico essencial para essas pesquisas, como destaca a pesquisadora Márcia Gonçalves. Além disso, a Estação Científica da Ilha da Trindade foi construída em 2010 para impulsionar ainda mais as pesquisas na região. Projetos como o “Monitoramento da Regeneração Natural da Vegetação da Ilha da Trindade” buscam entender e proteger o ecossistema único da ilha.

Energia Limpa e Formação de Jovens

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Alunos do Colégio Naval a bordo do Navio de Socorro Submarino “Guillobel” – Imagem: SO-SI Cabugá

Visando a sustentabilidade, a Marinha do Brasil planeja instalar uma usina fotovoltaica na ilha até 2025, reduzindo significativamente o consumo de óleo combustível. Além das atividades de pesquisa e conservação, a ilha também serve como um local de aprendizado prático para os alunos do Colégio Naval, que têm a oportunidade de conhecer a rotina de um navio da Marinha e as atividades na Ilha da Trindade, enriquecendo sua formação e ampliando seus horizontes.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).