Imagem: Olhar Digital

A CyberLabs, startup brasileira de inteligência artificial (IA), e a PSafe, líder no desenvolvimento de soluções de segurança, performance e privacidade, anunciam a fusão das duas empresas, com a criação do Grupo CyberLabs, que se torna a partir de agora a maior companhia de inteligência artificial e cibersegurança da América Latina. O novo grupo projeta mais de R$100 milhões de faturamento para 2021. Com operação no Brasil e nos Estados Unidos, são mais de 6 milhões de usuários ativos, entre pessoas físicas e jurídicas, um time de mais de 150 engenheiros e pesquisadores focados em inteligência artificial, além do maior e principal laboratório de pesquisas em cibersegurança da América Latina.

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A fusão foi costurada ao longo do segundo semestre de 2020 até ser anunciada internamente na última sexta-feira, dia 5 de fevereiro. A transação contou com o apoio da Redpoint eventures, que, em agosto de 2020, liderou uma rodada de investimentos de R$28 milhões na CyberLabs. Desde 2013, a Redpoint eventures é sócia investidora da PSafe.

A CyberLabs desenvolve e implementa produtos baseados em Inteligência Artificial. Uma de suas principais soluções é o KeyApp, ferramenta inovadora que possibilita o acesso aos estabelecimentos por reconhecimento facial ou QR code sem contato físico. A PSafe, líder de mercado no segmento de segurança digital, foi a responsável pela detecção do maior vazamento de dados da história do Brasil, em janeiro, por meio de sua solução contra vazamentos de dados empresariais, dfndr enterprise. Na ocasião, mais de 223 milhões de informações pessoais, incluindo CPFs; mais 104 milhões de dados de veículos e mais 40 milhões de informações de empresas foram expostos na deepweb e estavam sendo comercializados de forma ilegal.

Um dos principais objetivos do Grupo CyberLabs é expandir sua presença no segmento B2B, sobretudo no mercado brasileiro, promovendo a democratização e expansão da cibersegurança no país e da inteligência artificial para criar diferencial competitivo. “O Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, mas ocupa a penúltima colocação no ranking global de detecção de ameaças, à frente apenas da Turquia. Os vazamentos de dados no Brasil levam em média 46 dias para serem identificados, o que é um prazo inaceitável. Há muito que ser feito em prol da cibersegurança no país, e com a união do Grupo CyberLabs, temos tecnologias de ponta suficientes para evoluirmos dez anos de conhecimento em um ano”, pontua o presidente do Grupo CyberLabs, Marco DeMello.

A aposta do Grupo CyberLabs tem foco especial no mercado de PMEs devido à expansão do segmento e por este ter sido um dos principais alvos dos cibercriminosos nos últimos tempos. Devido ao crescimento no número de ataques cibernéticos e vazamentos de dados empresariais nos últimos meses, tem sido vista uma movimentação em busca de prevenção e proteção pelas companhias. Esse cenário no Brasil foi agravado com a pandemia de Covid-19 e a adoção das medidas de isolamento social, que levaram as organizações a acelerarem suas jornadas de transformação digital no último ano e a ampliar sua presença virtual, criando um cenário atrativo para o cibercrime.

“Vamos oferecer o estado da arte em inteligência artificial para ajudar empresas brasileiras a se protegerem na internet”, afirma Marcelo Sales, CEO do Grupo. “Estamos vivendo uma pandemia digital e pelo fato das pequenas e médias empresas não terem estruturas nem recursos suficientes, cada colaborador remoto se transforma em um ponto a mais de vulnerabilidade”, pondera Sales. DeMello complementa: “Basta uma vulnerabilidade, um dispositivo desprotegido, para que um golpe seja bem-sucedido. Somente em 2020, foram detectadas mais de 600 milhões de URLs maliciosas no Brasil e temos registro de um ataque a cada 16 segundos. É humanamente impossível imaginar que em uma batalha em que os hackers utilizam inteligência artificial em seus golpes, as empresas lutem sem as mesmas armas. É preciso estar cada vez mais preparado para se defender e defender as empresas”.

Além disso, DeMello e Sales ressaltam que o cenário brasileiro é favorável para os planos do Grupo CyberLabs, também devido à aprovação recente da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, impondo pesadas penalidades para as empresas que não cumprirem o regulamento.

Neste cenário, a estratégia do Grupo é difundir ainda mais os produtos baseados em Inteligência Artificial, sobretudo o dfndr enterprise, solução contra vazamentos de dados empresariais. A tecnologia monitora a deep web (parte da web que não é indexada pelos mecanismos de busca e oculta ao grande público) 24 horas por dia e 7 dias da semana, oferecendo proteção preditiva proativa para empresas de todos os portes. O dfndr enterprise funciona basicamente de forma automática ao identificar e bloquear as ameaças virtuais antes mesmo que se tornem um problema. A solução está disponível para sistemas Android, iOS, Windows e macOS e pode ser testada gratuitamente por 30 dias por meio do site: enterprise.psafe.com

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).