Atendendo à solicitação do Ministério da Saúde, em prover o apoio de transporte dos indígenas em alta médica do Polo de Surucucu, em Roraima (RR), para sua aldeia de residência, que o Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz) empregou, durante a segunda-feira (20/02) de Carnaval, seus meios para o cumprimento da missão.

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Mais de 40 indígenas, entre crianças e adultos, afetados pela crise sanitária registrada junto às populações em Terra Yanomami embarcaram no helicóptero H-60L Black Hawk, pertencente ao Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Hárpia, da Força Aérea Brasileira (FAB). O vetor de asas rotativas tem sido empregado, na i2322019442703068Operação Escudo Yanomami 2023, de forma intensa em razão de suas características de voo por decolar e pousar em locais de difícil acesso, realidade da região Amazônica.

Do Polo Base de Surucucu, que abriga o Quarto Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF), do Exército Brasileiro, os indígenas já em condições estáveis de saúde, que apresentavam quadros de desnutrição, verminose, malária, diarreia, pneumonia e outras doenças que foram atendidos por profissionais do Hospital de Campanha (HCAMP) da FAB e da Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista (RR), embarcaram na aeronave, que seguiu destino para as aldeias de Wathoú, Aracaça, Xitei/Tirei, Yaritobi, Minaú e Xereu.

i2322111453905272O Comandante do Cmdo Op Cj Amz, Major-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, ressaltou a importância da missão, que foi de apoio do Ministério da Saúde, mas especialmente pela situação de retornar às aldeias, com indígenas em melhores condições de saúde. “Esta é uma missão muito gratificante, por retornar os indígenas às suas aldeias. Além disso, mantemos o foco na missão, em duas premissas básicas da Operação Yanomami, que são as ajudas humanitárias e o combate ao garimpo ilegal com ações específicas de controle do espaço aéreo e, também, apoio a Policiai Federal e Ibama, órgãos do governo responsáveis pela parte de Polícia Judiciária e Administrativa dentro dessa Operação”, explica.

Apoio do Cmdo Op Cj Amz à rede de saúde

O representante do Centro de Operações Emergenciais (COE) – Yanomami em Boa Vista, Hernane Santos, explica a importância do cumprimento da missão, com apoio do Cmdo Op Cj Amz na Operação Yanomami. “É fundamental o envolvimento de todos os atores nas ações emergenciais, pois o intuito é garantir a melhor qualidade da atenção à saúde dos povos indígenas”, finaliza ele, explicando que o Ministério da Saúde e SESAI também contam com aeronaves contratadas para remoção dos indígenas.

Operação Yanomami

Publicado em 20 de janeiro de 2023, o Decreto nº 11.384 instituiu o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami. Em 30 de janeiro de 2023, foi publicado o Decreto nº 11.405, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal no território Yanomami a serem adotadas por órgãos da administração federal, com atuação dos Ministérios da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Social e Assistência Social, da Família e Combate à Fome e dos Povos Indígenas.

Em 3 de fevereiro de 2023, por meio da Portaria GM-MD nº 710, foi aprovada a Diretriz Ministerial que orienta o apoio das Forças Armadas para as ações de enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal no Território Yanomami. O documento ativou o Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz) para atuar na área do estado de Roraima e na porção do estado do Amazonas.

A atuação das Forças Armadas é composta por militares do Exército Brasileiro (EB), Marinha do Brasil (MB) e Força Aérea Brasileira (FAB), realizando missões de lançamento e distribuição de cestas básicas; envio de suprimentos para reconstrução da pista do Aeródromo de Surucucu (RR); Evacuações Aeromédicas (EVAM) para atendimento no Hospital de Campanha (HCAMP); controle e fiscalização do espaço aéreo com a criação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA); fornecimento de dados de inteligência; e transporte aéreo logístico das equipes da Polícia Federal, do Ibama e dos demais órgãos e entidades da administração pública federal que participam diretamente da neutralização de aeronaves e de equipamentos relacionados com a mineração ilegal.

Estão em atuação, para atendimento às demandas, as aeronaves A-29, E-99, R-99, C-98 Caravan, KC-390 Millennium, C-105 Amazonas, H-60 Black Hawk e H-36 Caracal, da FAB; o HM-2 e HM-4 do EB; e o UH-15 Super Cougar da MB.

Foto: Sargento Ronan / CECOMSAER

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).