Um importante marco na história da Marinha do Brasil: a Força Naval recebeu o Riachuelo, o primeiro de uma nova classe de submarinos convencionais com propulsão diesel elétrica. A cerimônia foi realizada nesta sexta-feira (1), na Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A embarcação representa um avanço para a Defesa Nacional ao ampliar os meios disponíveis para combate.

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O Ministro da Defesa prestigiou o evento, acompanhado do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, e do Comandante da Marinha. Na ocasião, também foi realizada a Mostra de Armamento *do projeto estratégico*, que consiste na inspeção do submarino, para verificar as exigências e cláusulas contratuais. Nesse caso, “Armamento” nada tem a ver com armas, mas sim com armação, ou seja, com todo o material necessário ao uso da embarcação. Após essa inspeção, o submarino está pronto para entrar, efetivamente, em operação.

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Prosub – O Riachuelo é a primeira entrega do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), parceria entre Brasil e França para produção de quatro submarinos convencionais e fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear. A partir dessa incorporação, a embarcação passa a fazer parte do Comando de Operações Navais da Marinha do Brasil.

Pela capacidade de ocultação no fundo do mar, os submarinos são considerados os meios mais capazes de promover dissuasão naval, ou seja, de mostrar poder de combate e de intimidar potenciais agressores. O Riachuelo foi fabricado pela empresa Itaguaí Construções Navais e representa incremento da indústria naval e fortalecimento da economia brasileira. A embarcação é derivada da classe Scorpène francesa, desenvolvida a partir de um projeto original da empresa Naval Group, modificado e potencializado por engenheiros brasileiros.

A assinatura do Termo de Armamento do Submarino, pelo Ministro da Defesa, pelo Comandante da Marinha e pelas demais autoridades envolvidas, formalizou a incorporação e a transferência do submarino para o setor operativo da Marinha. A partir do ato, ele passa a integrar a Força Naval e inicia atividades de proteção e defesa da “Amazônia Azul” brasileira, possibilitando uma presença mais efetiva da Marinha no Atlântico Sul.

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Homenagem – O Submarino Riachuelo foi assim batizado em homenagem à Batalha Naval do Riachuelo, ocorrida em 1865 durante a Guerra da Tríplice Aliança. Naquela ocasião, o Brasil, ainda sob o regime imperial, lutou pela manutenção da integridade territorial, evento que ficou conhecido como um dos principais e mais duros combates enfrentados pelas tropas da Marinha do Brasil.

Por Mariana Alvarenga
Fotos: Igor Soares

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).