Na última edição do IMAV (International Micro Air Vehicle), em 2022, a Black Bee Drones fez história. A primeira equipe de drones autônomos da América Latina conquistou um prêmio completamente inédito para o Brasil: o 2º lugar no Nanocopter AI Challenge. Este marco representa não apenas um triunfo para a equipe, mas um avanço significativo para a tecnologia de drones na América Latina.

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O que é um Nanodrone?

Durante o IMAV, muito se falou sobre o tal Nanodrone – uma palavra que agora carrega uma significativa conotação de sucesso para o Brasil. Mas você sabe o que é um Nanodrone? Como o próprio nome sugere, os nanodrones são drones extremamente leves e pequenos. Quase silenciosos, eles são capazes de realizar várias tarefas complexas. Por causa de sua estrutura pequena, eles têm limitações de tempo de voo, alcance e resistência a fatores que afetam sua estabilidade. Entretanto, estas limitações são esperadas, dado que o Nanodrone não foi concebido para superar estes desafios, mas para cumprir missões específicas de vigilância sofisticada e discreta, sendo cada vez mais adotados pelas forças armadas de diversos países.

O protagonista da conquista: CrazyFlie

No IMAV, a equipe do Black Bee Drones utilizou um nanodrone específico, o CrazyFlie, da empresa BitCraze. Além de sua estrutura básica (hélices, armação, motores, bateria), a BitCraze forneceu outros módulos para auxiliar no desenvolvimento da tarefa, como o Flow Deck (um sensor óptico) e o AI Deck (um processador GAP8 e uma câmera monocromática). Assim equipado, o CrazyFlie apresenta as seguintes especificações: pesa apenas 27 gramas, possui dimensões de 92x92x92 mm (LxAxP), tem um tempo de voo de 7 minutos e pode carregar até 15 gramas de carga.

Programando o sucesso

A programação do Crazyflie é feita em linguagem C. A BitCraze fornece um repositório com diversos códigos-fonte, facilitando os testes e o estudo da programação do CrazyFlie. Através desta combinação de tecnologia de ponta, competência técnica e trabalho em equipe, a primeira equipe de drones autônomos da América Latina alcançou um sucesso sem precedentes na competição IMAV 2022, um feito que será lembrado e celebrado por muito tempo.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).