O Arsenal de Guerra do Rio (AGR), uma organização militar (OM) de fabricação diretamente subordinada à Diretoria de Fabricação (DF), realizou recentemente uma cerimônia de encerramento para o Estágio de Manutenção de Armamento Pesado (Morteiro 81 e Morteiro 120 mm). O curso, que ocorreu entre os dias 12 a 23 de junho, foi ministrado por militares do AGR, oficiais engenheiros militares e sargentos técnicos especializados na produção e manutenção desses armamentos.
Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.
O treinamento reuniu militares de diversas OM e Regiões Militares de todo o Território Nacional, com o principal objetivo de capacitar profissionais para a manutenção dos morteiros 120 e 81 mm em até o 3º Escalão. Os participantes foram capacitados para identificar as principais características, componentes e acessórios dos morteiros, além de receber instruções sobre os cuidados durante o armazenamento e transporte do armamento.
Formação de Multiplicadores de Conhecimento
Um dos principais aspectos do treinamento foi formar multiplicadores de conhecimentos em todas as Regiões Militares, capacitando a estrutura logística do Exército com conhecimentos técnicos para a efetiva manutenção dos morteiros do Exército Brasileiro. O estágio englobou tanto o estudo teórico quanto o prático, incluindo a visita à Divisão Industrial do Arsenal de Guerra, onde os morteiros são produzidos.
Os estagiários também foram instruídos sobre a manutenção do armamento antes e após a execução dos disparos, bem como sobre as diversas possibilidades de reparos em caso de avarias. As experiências práticas foram reforçadas com a oportunidade de os estagiários praticarem como se estivessem em suas próprias organizações militares.
Benefícios da Capacitação
Para um dos estagiários, a experiência foi inestimável. “Estar tendo contato com as diversas fases desde a fabricação e poder verificar, via instruções, as principais técnicas de manutenção com quem fabrica o armamento, é uma experiência sem igual”, disse ele. “Isso desmistifica muitos erros que cometíamos em nossas OM e nos permite difundir esses novos conhecimentos nas nossas Regiões Militares. Será um enorme ganho para todos os envolvidos.”
Essas capacitações são vitais para o Arsenal de Guerra do Rio, pois oferecem a oportunidade de a OM fabricante estar próxima ao usuário final dos armamentos produzidos, permitindo entender melhor as demandas e possibilidades de melhorias para esses equipamentos. A sinergia resultante contribui para o aumento constante da capacidade operativa e combativa do Exército Brasileiro. Como tem feito há mais de 260 anos, o Arsenal de Guerra do Rio continua a colocar a tecnologia militar a serviço da Força Terrestre.