Smartphones e Dispositivos Podem Escutar Conversas para Gerar Anúncios Personalizados

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Segundo um relatório do conglomerado de mídia estadunidense Cox Media Group (CMG), é possível que smartphones, Smart TVs e outros dispositivos estejam ouvindo as conversas dos usuários para direcionar anúncios personalizados. Esta informação, divulgada inicialmente pelo 404media, confirma suspeitas antigas sobre a capacidade dos dispositivos de captar conversas mesmo quando não estão em uso ativo.

Revelações do CMG

A equipe de marketing da CMG, em postagens no blog da empresa, afirmou explicitamente a capacidade de escutar as conversas dos consumidores. A página, que já foi retirada do ar, mencionava o uso de dados de voz para direcionar publicidade de forma precisa. A CMG citava exemplos de frases captadas para personalizar anúncios.

Resposta das Fabricantes

Após a divulgação dessas informações, empresas como Google e Apple enfatizaram as medidas de segurança e privacidade em seus dispositivos. O Google destacou que o Android impede que aplicativos coletem áudio quando não estão ativos. A Apple reforçou que nenhum aplicativo pode acessar microfone ou câmera sem permissão do usuário.

Legalidade da Prática

A CMG mencionou que a coleta e captação de conversas são legais, pois os consumidores costumam dar consentimento ao aceitar termos e condições de aplicativos. No entanto, após a repercussão, a empresa mudou seu posicionamento, alegando que seus negócios não ouvem conversas diretas, mas sim utilizam dados agregados, anônimos e criptografados de terceiros para anúncios.

Implicações para a Privacidade do Usuário

Esta revelação levanta preocupações significativas sobre privacidade e segurança dos dados dos usuários. A possibilidade de dispositivos estarem constantemente ouvindo e coletando informações sem o conhecimento explícito dos usuários é um tema controverso e levanta questões éticas sobre o uso de dados pessoais na indústria de publicidade digital.

Fonte: DCiber.org

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).