Para a completa execução de um exercício operacional, a exemplo do Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2022, que acontece na Base Aérea de Campo Grande (BACG), é indispensável a presença do Hospital de Campanha (HCAMP). A estrutura é montada no cenário de treinamento, de modo que os profissionais – médicos, enfermeiros e técnicos – deem o suporte e, ao mesmo tempo, possam participar das missões planejadas.

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O Comandante do HCAMP na Tápio deste ano, Major Médico Aluizio Paiva Gonçalves, explica que o hospital é montado por solicitação do Comando da Aeronáutica (COMAER). “Somos acionados para dar toda assistência médica aos militares envolvidos nas operações, seja desde um atendimento simples diário, com cefaleia (dor de cabeça) até alguma ocorrência mais complexa em que tenhamos a necessidade de resgatar o militar, abordar, estabilizar e, se necessário for, encaminhar para uma unidade local hospitalar ou fazer uma Evacuação Aeromédica para um hospital militar”, detalha o Oficial.

Na Tápio, foi montada uma estrutura tecnicamente chamada Unidade Celular de Saúde (UCS). “Nesse espaço, pode ocorrer o atendimento médico emergencial, como se fosse um ambulatório. Se perceber que não tem necessidade de uma transferência, permanece com o paciente aqui em repouso, e, as sim que tiver em condições, recebe alta e segue para as atividades. E, no mesmo ambiente, temos uma sala de trauma, em que conseguimos atender casos mais complicados”, completa.

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Treinamento constante

Além do atendimento médico prestado aos militares que atuam na Tápio, os profissionais de saúde que integram a UCS também participam dos demais treinamentos que compõem o Exercício Conjunto, como a simulação de Busca e Salvamento em Combate (CSAR), que tem o objetivo de empregar Meios de Força Aérea para localizar e resgatar militares ou civis, isolados em ambiente hostil, que tenham conhecimento dos procedimentos e legislações que norteiam o resgate em combate. A Instrutora e Avaliadora de Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APHT), Major Médica Carla Isabel dos Santos Silvestre, participou de uma dessas missões executadas na Tápio. i2282711521804289

A Oficial explica que no EXCON Tápio, o médico tem a atribuição de adestrar e avaliar os Homens de Resgate (H-SAR) para a execução da parte médica na missão CSAR, seja em campo tático ou a bordo das aeronaves. “Estes militares são treinados pelo Protocolo March Paws, adotado internacionalmente para a execução de procedimentos médicos em ambientes hostis. Nossa função é doutrinar esses homens buscando o aprimoramento dessas técnicas para a realização dos procedimentos durante o seu emprego em ambientes táticos”, complementa a Major Carla.

i2282711522204168Missão CSAR

Em missão real de CSAR, os Homens de Resgate estão a bordo, sem médico, e em grande parte das vezes terão que, sozinhos, resgatar o evasor, executar todas as fases do atendimento nos feridos e evacuar a vítima até uma estação médica mais próxima para a continuidade de seu tratamento.

Realizar esta missão durante o EXCON Tápio 2022, tanto para a equipe médica quanto para os Pilotos e Homens de Resgate – que atuam de forma integrada – representa a continuidade do treinamento e a busca pelo melhor atendimento em situações reais. O Piloto do H-36 Caracal do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3/8 GAV) – Esquadrão Puma, Capitão Aviador Rafael D’Amato Guimarães, esteve na missão CSAR e comentou as características do treinamento. “Os cenários de CSAR no EXCON Tápio 2022 foram variados, com diferentes níveis de complexidade médica (situação clínica do evasor) e ameaças inimigas. Assim, com propostas realistas, houve um estímulo ao processo decisório e ao pensamento crítico das tripulações. Certamente, levaremos muitas lições para sede e compartilharemos os conhecimentos adquiridos”, disse.

i2282711522305185Uma missão CSAR é considerada complexa e envolve, normalmente, numerosos meios. Centenas de militares, oriundos dos Esquadrões de Asas Rotativas (Falcão, Puma, Pantera, Harpia e Pelicano), de Caça (Poker, Centauro, Escorpião, Grifo e Flecha), de Transporte (Onça e Gordo) e de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (Guardião) estiveram envolvidos no treinamento e contribuíram para o cumprimento das missões.

Fotos: Sargento Bianca Viol / CECOMSAER

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).