Na última quinta-feira (25), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelou um projeto que promete mudar a forma como as ações policiais são registradas e analisadas. O chamado Projeto Estratégico Bodycams tem o objetivo de implementar o uso de câmeras corporais nos uniformes de cerca de 6 mil agentes a partir de abril de 2024, correspondendo a aproximadamente metade da força policial. Os testes práticos com a nova tecnologia começarão em novembro deste ano, com o projeto sendo coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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As Vantagens do Uso das Bodycams
Pesquisas apontam que a tecnologia das câmeras corporais tem o potencial de diminuir em mais de 50% a letalidade policial. Além disso, esses dispositivos também poderiam reduzir pela metade as reclamações sobre a conduta dos policiais. Tais estatísticas evidenciam a importância deste avanço para aumentar a transparência e a prestação de contas no trabalho policial.
Casos Evitáveis: A História de Genivaldo de Jesus
O Secretário de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marivaldo Pereira, destaca que as câmeras corporais são ferramentas essenciais para evitar tragédias como a ocorrida com Genivaldo de Jesus, morto durante uma abordagem da PRF em Sergipe. Genivaldo não resistiu à abordagem policial, quando foi preso em uma viatura que foi utilizada como uma espécie de câmara de gás.
O Impacto do Caso Genivaldo
Em janeiro deste ano, o Ministério Público Federal recomendou que a PRF adotasse o uso de câmeras corporais, sugestão que surgiu após o caso trágico de Genivaldo de Jesus Santos. A Justiça de Sergipe decidiu que os agentes da PRF envolvidos no caso sejam submetidos a julgamento popular pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. Imagens na internet mostram a ação policial que resultou na morte de Genivaldo, evidenciando a necessidade de mais transparência e responsabilidade nas ações policiais.
