Peritos Criminais de Alagoas iniciam experimentos científicos com drone para mapeamento de locais de crime

Peritos Criminais de Alagoas iniciam experimentos científicos com drone para mapeamento de locais de crime

Peritos criminais da Polícia Científica de Alagoas iniciaram uma série de experimentos científicos utilizando uma aeronave não tripulada, ou drone. A técnica é conhecida como aerofotogrametria e pode ser utilizada para mapear a superfície de locais de crimes com fotografias aéreas.

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Desenvolvimento de Metodologia Pericial


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Wellington Melo, chefe especial do Instituto de Criminalística e perito criminal, está entre os profissionais envolvidos no projeto. Ele explicou que os experimentos visam a continuação de uma pesquisa e o desenvolvimento de uma metodologia para ser utilizada em levantamentos periciais.

Atualmente, o Instituto de Criminalística de Alagoas já utiliza frequentemente um drone adquirido pelo órgão em diversos tipos de perícias criminais. A aeronave tem auxiliado os peritos em perícias de crimes ambientais, crimes contra a pessoa e reproduções simuladas.

“Será uma metodologia voltada para obtenção de medidas em fotografias aéreas de locais de crime, na horizontal e na vertical. Dessa maneira, o levantamento técnico pericial não será finalizado no local do crime, mas poderá prosseguir e fornecer novos dados para cálculos após os exames do local”, explicou Melo.

Experimentos em Duas Etapas

O perito criminal Edson Júnior, mestre em física, informou que os experimentos estão divididos em duas etapas. A primeira foi realizada de forma prática em uma área aberta no bairro de Cruz das Almas e a segunda será interna, com inúmeros estudos.

“Nessa fase da pesquisa, posterior à análise bibliográfica, estamos estabelecendo parâmetros de distância sobre o solo, na horizontal e na vertical e fotografando em várias altitudes para obter parâmetros de distorções resultantes da perspectiva e da curvatura da lente da câmera da aeronave. A segunda etapa será a de analisar e descrever o comportamento matemático dessas distorções, criando um modelo matemático que faça previsões sobre novas altitudes e submetendo a novas experimentações”, esclareceu o perito.

Contribuindo para a Ciência Forense no Brasil

Os peritos criminais explicaram que, embora o Brasil não seja uma referência nessa área, o Instituto de Criminalística de Alagoas busca produzir conhecimento útil que possa se tornar referência na área pericial. Por isso, a metodologia que está sendo desenvolvida pela Polícia Científica de Alagoas poderá ser aplicada em outros Institutos do país e com outras aeronaves não tripuladas com mais facilidade do que o que se pratica atualmente.



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