A Marinha do Brasil, em colaboração com as demais Forças Armadas, lançou a Operação “Catrimani II” no dia 1º de abril, marcando uma nova etapa no combate ao garimpo ilegal que assola a Terra Indígena Yanomami (TIY), localizada em Roraima. Sob a coordenação do Ministério da Defesa, esta operação reúne recursos e estratégias integradas para atacar as infraestruturas criminosas que têm devastado a região. Com duração prevista até o fim do ano, a operação simboliza um compromisso renovado com a proteção ambiental e dos direitos dos povos indígenas.
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AÇÕES REPRESSIVAS E ESTRUTURANTES
O Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Luís Manuel de Campos Mello, Chefe do Estado-Maior Conjunto da Operação, destacou a entrada em um caráter mais repressivo das ações. “Estamos focados em neutralizar a infraestrutura de garimpo ilegal dentro das terras indígenas, especialmente no ataque à logística dessas atividades ilícitas”, afirmou. Além disso, a operação inclui a implantação de destacamentos de fronteira, bases de apoio operacional, postos de bloqueio fluvial e suporte de saúde para as comunidades Yanomami.
DESAFIOS LOGÍSTICOS E OPERACIONAIS
A região da Terra Indígena Yanomami, com uma extensão territorial maior que Portugal e uma população de cerca de 27 mil indígenas, apresenta desafios logísticos significativos devido às suas densas florestas e limitados recursos navegáveis. O Capitão de Corveta Walter Vinicius Antunes Dias, piloto do helicóptero Super Cougar (UH-15) utilizado na operação, ressaltou as dificuldades enfrentadas: “As grandes distâncias e o terreno densamente florestado exigem planejamento meticuloso e adaptação constante às condições meteorológicas instáveis, com formações chuvosas frequentes e neblinas matinais”.
BALANÇO DA OPERAÇÃO “CATRIMANI I”
Anteriormente, a Operação “Catrimani I” concentrou-se em ajudas humanitárias entre janeiro e março, atendendo mais de 230 comunidades com evacuações aeromédicas, transporte de insumos essenciais e distribuição de 360 toneladas de alimentos. Este esforço envolveu mais de 2.400 horas de voo, utilizando 36 aeronaves das três Forças, demonstrando o compromisso contínuo com o bem-estar dos Yanomamis durante crises.
COMPROMISSO CONTÍNUO COM A PROTEÇÃO INDÍGENA
A Operação “Catrimani II” não só reforça as medidas repressivas contra o garimpo ilegal, mas também promove a estabilidade e o desenvolvimento sustentável da Terra Indígena Yanomami através de iniciativas estruturantes. A colaboração entre as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública é vital para o sucesso desta missão, que se dedica a salvaguardar a integridade dos territórios indígenas e a dignidade de seus povos.