Agência Brasil

O comandante da Área de Operações da Marinha, vice-almirante Renato Rangel Ferreira, anunciou uma missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que se destaca por sua abordagem única. A operação, que teve início em 6 de novembro, mobilizou 1,9 mil militares e emprega diversos equipamentos, incluindo navios-patrulha, embarcações e viaturas blindadas.

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Uma GLO Diferente: Foco no Mar

Chamada de “GLO do Mar”, essa operação concentra-se no mar e nos portos, conforme estabelecido pelo Decreto 11.765, assinado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva. Os militares atuarão preventivamente e repressivamente nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Santos (SP), além dos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ). O objetivo é combater o tráfico de armas, drogas e outros crimes.

A necessidade dessa GLO surgiu após eventos marcantes envolvendo a segurança pública no Rio de Janeiro. Operações policiais recentes tiveram como alvo líderes do Comando Vermelho, uma facção de traficantes que supostamente esteve envolvida na morte de três médicos na Barra da Tijuca, além do furto de armas do Exército em Barueri (SP) e ataques incendiários na zona oeste do Rio após a morte de um miliciano.

Operação Lais de Guia: Ampliando Atividades

A participação da Marinha na GLO ocorre por meio da operação Lais de Guia. Embora a patrulha nos portos seja uma responsabilidade rotineira, essa missão autoriza uma expansão significativa das atividades. A área de atuação abrange a Poligonal do Porto Organizado, que inclui cais, armazéns e áreas do espelho d’água. A presença militar nessa região será essencial para coibir atividades ilícitas.

Porto de Santos: Uma Conexão Importante

O vice-almirante explicou a decisão de incluir o Porto de Santos na missão, destacando sua conexão com o crime organizado que atua no Porto do Rio de Janeiro. Como parte fundamental do comércio marítimo, ambos os portos estão interligados nessa operação.

GLOs no Brasil: Uma Medida Extraordinária

As GLOs, previstas na Constituição Federal, concedem às Forças Armadas o poder de atuar com poder de polícia em situações graves de perturbação da ordem. A decisão de decretá-las cabe ao presidente da República. Até agora, o Brasil realizou 145 missões de GLO, muitas delas relacionadas à segurança pública em greves de policiais militares, grandes eventos e processos eleitorais.

Essa missão, que ocorrerá até 3 de maio de 2024, está focada em três portos e dois aeroportos e não interferirá nas operações de segurança dos estados. Um comitê de acompanhamento, liderado pelos ministros da Justiça e da Defesa, foi estabelecido para monitorar as ações de segurança.

Atuação Conjunta para um Rio Mais Seguro

A Marinha atuará de forma coordenada com outras agências nos portos e aeroportos, incluindo a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e a Receita Federal. Portões importantes já estão sendo vigiados e inspecionados.

Essa operação representa um esforço conjunto para garantir a segurança nas águas e portos do Brasil e reforça o compromisso do governo em enfrentar o crime organizado de maneira eficaz. A colaboração entre as forças de segurança é essencial para alcançar esse objetivo e manter a ordem nas áreas críticas do país.

Com informações da Agência Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).