Lenalda Campos, tenente enfermeira da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e natural de Capela, Sergipe, foi homenageada em uma publicação feita por sua filha, comemorando o Dia da Vitória em Nápoles. Lenalda participou ativamente da Segunda Guerra Mundial e vivenciou de perto os horrores causados pelo nazifascismo.
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Emocionante depoimento ao retornar ao Brasil
Ao retornar para Sergipe no dia 18 de agosto de 1945, Lenalda fez um emocionante apelo ao povo brasileiro, relatando os sofrimentos vivenciados pelas vítimas do nazifascismo e pedindo para que jamais esqueçam ou tolerem a opressão e tirania:
“Brasileiros e brasileiras: quem viu com os próprios olhos crianças, mulheres e velhos reduzidos a pele e ossos, famintos e quase desnudos, andando ao léu, dormindo ao relento e, o que é pior, se alimentando do que encontravam como cães – quem os viu assim – cometerá um crime de […] humanidade se ao primeiro contato com sua gente não fizer o apelo que eu vos faço, nesse momento inesquecível da minha vida: odiai para todo o sempre, com aquele ódio que enaltece e dignifica os selvagens e desalmados NAZI-FASCISTAS desta ou daquela cor. […] qualquer conivência ou tolerância com os lacaios daquelas tiranias derrotadas seria fazer sangrar as feridas, ainda abertas, dos gloriosos.”
A importância da memória histórica
O relato de Lenalda Campos, registrado na dissertação de mestrado de Marlíbia Raquel Oliveira, serve como um importante lembrete para as gerações futuras sobre os horrores do nazifascismo e a necessidade de se manter vigilantes diante de ideologias autoritárias e opressivas. A memória histórica de eventos como a Segunda Guerra Mundial é crucial para evitar a repetição de tragédias e promover a paz e justiça no mundo.