Equipamentos de pesca não permitidos, como compressor de ar, tambores de pesca e ampolas de oxigênio foram confiscados

A operação conjunta “Ágata 2023” intensificou o combate à pesca ilegal no litoral cearense. Barcos pesqueiros tornaram-se alvos estratégicos durante as ações que ocorreram entre os dias 16 e 23 de junho. A operação foi coordenada pela Marinha do Brasil, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Polícia Federal (PF). Durante as abordagens, foram apreendidos itens como máscara de mergulho, 90 redes de pesca, compressor de ar, 11 tambores de pesca e ampolas de oxigênio, equipamentos expressamente proibidos para a captura da lagosta, além de 150 kg do próprio crustáceo.

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Áreas de Atuação e Objetivos da Operação

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As abordagens foram realizadas pelo Navio-Patrulha (NPa) “Graúna”, com operações concentradas nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A meta principal da operação foi desempenhar ações de Patrulha Naval, de Patrulhamento e atividades de Inspeção Naval, em águas sob a jurisdição do Comando do 3º Distrito Naval (Com3ºDN). A cooperação com a PF, a Polícia Rodoviária Federal, a Receita Federal, o Ibama, o ICMBio, a Força Área Brasileira e os órgãos de segurança estaduais buscou fortalecer a prevenção, o controle e a repressão aos delitos transfronteiriços e crimes ambientais.

Impacto Negativo da Pesca Predatória

A pesca predatória utiliza-se de vários equipamentos ilegais que, além de nocivos ao meio ambiente, representam sérios riscos à saúde dos pescadores. Tambores de produtos químicos, por exemplo, são depositados no mar para atrair o crustáceo. Compressores artesanais feitos a partir de botijões de gás funcionam como reservatórios de ar comprimido, mas não seguem as normas técnicas para mergulho. Essas práticas resultam em consequências diretas e prejudiciais para a pesca artesanal, já que a captura indiscriminada, inclusive abaixo do tamanho mínimo permitido, contribui para dizimar as espécies da fauna marinha.

Perfil do Navio-Patrulha “Graúna” e Ações Futuras

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NPa “Graúna” na área marítima sob jurisdição do Com3ºDN

O Navio-Patrulha “Graúna”, incorporado à Marinha do Brasil em 15 de agosto de 1994, é um importante ator nas operações de patrulha naval. Subordinado ao Com3ºDN e integrante do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste (ComGptPatNavNE), o navio opera nos litorais dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. As ações conduzidas pela embarcação têm como principal objetivo garantir a preservação do meio ambiente marinho e a segurança dos pescadores.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).