Nos dias 16 e 17 de abril, o Reino do Bahrein sediou a “Maritime Security Conference 2024” (MSC 2024), um encontro significativo que reuniu líderes militares, representantes de nações de diversos continentes e membros de organizações civis. O evento, organizado pela Combined Maritime Forces (CMF), uma aliança naval multinacional que inclui 42 países, teve como objetivo fortalecer a colaboração internacional para melhorar a segurança marítima no Oceano Índico Ocidental.
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Liderança brasileira no combate à pirataria
A Marinha do Brasil (MB) teve um papel de destaque no evento, representada pelo Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, atual Comandante da Combined Task Force 151 (CTF 151). Esta força-tarefa é vital na estratégia da CMF para combater a pirataria na região, que viu um ressurgimento significativo desde novembro de 2023. Durante a conferência, o oficial de operações da CTF 151 realizou uma apresentação detalhada sobre as missões e estratégias empregadas na contenção dos atos de pirataria, enfatizando o papel crucial da colaboração internacional.
Diálogos e cooperações estratégicas
Além das apresentações, o evento proporcionou uma oportunidade única para diálogos bilaterais e multilaterais. O Contra-Almirante Antonio participou de reuniões importantes com representantes das marinhas do Iêmen, Japão, Quênia e Sri Lanka, discutindo planos de cooperação e ações conjuntas. Essas interações são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias eficazes que respondam aos desafios de segurança emergentes, incluindo ataques recentes por drones e mísseis contra navios mercantes, que têm aumentado os custos de frete e reduzido o tráfego marítimo no Mar Vermelho.
Impacto dos recentes desafios de segurança
Os incidentes recentes de pirataria e ataques a navios têm ampliado os desafios na região, trazendo para o centro das discussões na MSC 2024 a necessidade urgente de respostas coordenadas. A conferência sublinhou a importância de uma abordagem proativa e colaborativa para garantir que as rotas marítimas cruciais sejam seguras para o comércio e a navegação internacionais.