Há décadas, a Marinha do Brasil (MB) se destaca não apenas na proteção das nossas águas, mas também na preservação de vidas. Os famosos “Navios da Esperança” têm sido um farol de esperança para comunidades remotas e em situações de emergência. Neste artigo, vamos explorar como essas grandiosas embarcações, originalmente projetadas para operações de guerra naval, se transformam em hospitais flutuantes, prontos para oferecer assistência médica de alta qualidade.

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Navios da Esperança: Um Compromisso com a Saúde

Os Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) da Marinha do Brasil são mais do que meras embarcações; são símbolos de esperança para os mais necessitados. Com uma presença constante nas regiões do Centro-Oeste e Norte do Brasil, essas embarcações prestam atendimento médico, odontológico e hospitalar a ribeirinhos, muitos dos quais têm acesso limitado a serviços de saúde. Além disso, em momentos de desastre, como a seca histórica que assolou o Alto Solimões, a MB entra em ação, entregando cestas básicas e água mineral, demonstrando seu compromisso inabalável com a população.

NAM “Atlântico” e NDM “Bahia”: Guerreiros da Saúde

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Os maiores navios da Marinha, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico” e o Navio Doca Multipropósito (NDM) “Bahia,” têm uma surpreendente dupla função. Embora originalmente destinados a missões militares, eles também são verdadeiros hospitais flutuantes. Com complexos hospitalares bem equipados, incluindo leitos de UTI, salas de cirurgia, e equipes médicas altamente treinadas, essas embarcações podem prestar socorro em situações de emergência em qualquer região litorânea do mundo. Quando a vida está em risco, eles se tornam nossos heróis da saúde.

Navio Doca Multipropósito “Bahia”: A Excelência em Atendimento

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Equipe médica em exercício de ativação do complexo hospitalar do NDM “Bahia”

O NDM “Bahia” se destaca com o maior complexo hospitalar embarcado da Marinha do Brasil. Com 500 m² de espaço, 49 leitos, incluindo UTIs, e instalações cirúrgicas, ele é um exemplo de excelência em atendimento médico. O Comandante do NDM “Bahia”, Capitão de Mar e Guerra Cássio Reis de Carvalho, destaca a equipe médica completa a bordo e a capacidade de mobilização rápida em situações críticas. Um exemplo notável desse compromisso foi quando o navio prestou socorro aos afetados pela falta de energia elétrica no Porto de Santana (AP), oferecendo atendimento primário e emergencial, aliviando a situação da população local.

Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”: A Força da Solidariedade

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Um hospital de campanha chegou a ser montado no espaçoso hangar NAM “Atlântico”

O NAM “Atlântico” mostrou sua força durante a Operação “Abrigo pelo Mar,” fornecendo assistência às vítimas das fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo. Com mais de 1.000 militares e 200 leitos, incluindo UTIs, ele se tornou um refúgio para aqueles em necessidade. Médicos de diversas especialidades se juntaram à equipe para garantir que os desabrigados recebessem o atendimento necessário. A operação demonstrou a capacidade desse navio de se adaptar rapidamente e oferecer socorro em momentos críticos.

Navios da Esperança: Um Legado de Cuidado

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NAsH “Tenente Maximiano” atendendo ribeirinhos do Pantanal

Em regiões remotas da Amazônia e do Pantanal, onde o acesso a serviços médicos é limitado, os Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) da Marinha do Brasil representam uma fonte vital de cuidado. Com sua presença constante e compromisso com a saúde, eles trazem alívio para aqueles que mais precisam. Essas operações de assistência hospitalar à população ribeirinha transformam vidas, proporcionando atendimento médico, odontológico, cirúrgico e educacional. Por meio dessas embarcações, a MB continua a escrever histórias de esperança e renova seu compromisso com o povo brasileiro.

A Marinha do Brasil dispõe dos seguintes navios que prestam assistência à saúde das
populações ribeirinhas:

No 4º Distrito Naval (Leste Amazônico): Navio Auxiliar NA “Pará” e, futuramente, o NAsH “Anna Nery” (em construção);

No 6º Distrito Naval (Pantanal): NAsH “Tenente Maximiano”; e

No 9º Distrito Naval (Oeste Amazônico): NAsH “Oswaldo Cruz”, NAsH “Carlos Chagas”, NAsH “Doutor Montenegro” e NAsH “Soares de Meirelles”.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).