Entre os dias 22 e 26 de abril, o Complexo Naval do Porto de Santos (CNPS) foi palco de uma intensa e estratégica operação militar coordenada pela Marinha do Brasil. Sob a liderança do Comando Naval de Operações Especiais (CoNavOpEsp) e do Comando do 8º Distrito Naval (Com8ºDN), o Exercício de Retomada e Resgate (RETREX) mobilizou uma força-tarefa de mais de 100 militares de diversas unidades, incluindo a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), o Grupamento de Mergulhadores de Combate (GruMec), o Grupamento de Fuzileiros Navais de Santos (GptFNSantos), e o Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste (ComGptPatNavSSE).
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Detalhes da simulação e ação coordenada
A simulação envolveu um cenário fictício onde agentes perturbadores da ordem pública (APOP) em fuga pelo canal do porto de Santos invadiram uma embarcação no cais, tomando três reféns. O desafio proposto era duplo: retomar o controle da embarcação e resgatar os reféns de maneira segura e eficiente. Os militares empregaram técnicas de negociação e combate para enfrentar a situação, culminando na retomada da embarcação através de uma negociação exitosa complementada pelo emprego de força tática.
Aprimoramento constante e habilidades de negociação
O exercício foi uma oportunidade vital para os militares praticarem e aperfeiçoarem suas habilidades em situações de crise. Segundo o Capitão de Fragata Carlos Eduardo Pereira de Souza, Comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste, o RETREX é essencial para testar a capacidade de resposta da Marinha em situações de conflito, promovendo a negociação e gestão pacífica dos eventos. O Capitão-Tenente Fuzileiro Naval Leonardo Silva, principal negociador do exercício, destacou a importância de aplicar os conhecimentos adquiridos no Curso Especial de Negociação em Conflitos com Tomada de Reféns, refletindo sobre o valor do realismo trazido pela RETREX ao contexto de crise marítima.
Impacto e importância da capacitação contínua
O RETREX não apenas demonstrou a prontidão e eficiência das forças navais brasileiras em garantir a segurança nas águas nacionais, mas também reforçou o compromisso da Marinha do Brasil com a capacitação contínua de seu pessoal. A operação evidenciou a importância do equilíbrio emocional, da habilidade de negociação e da prontidão tática, que são cruciais para o sucesso das missões e para a manutenção da ordem em situações adversas. Este exercício ressalta o papel vital que a Marinha desempenha na defesa e segurança do Brasil, preparando seus militares para enfrentar desafios complexos com competência e determinação.