Quando pensamos em voar, raramente consideramos o trabalho meticuloso que ocorre nos bastidores para garantir que cada voo seja seguro. O Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), ligado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), desempenha um papel crucial nesse processo. Sua missão? Fornecer à comunidade aeronáutica informações precisas sobre o terreno e obstáculos nos principais aeroportos do Brasil.

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O Processo de Mapeamento: Da Aeronave ao Computador

A coleta dessas informações vitais não é uma tarefa simples. Ela é realizada através de um levantamento aerofotogramétrico, uma técnica que envolve o uso de uma aeronave equipada com uma câmera especial. Esta câmera captura imagens de toda a área que precisa ser mapeada. Posteriormente, essas imagens são analisadas e interpretadas para extrair informações detalhadas sobre o terreno e qualquer obstáculo presente. Estamos falando de montanhas, edifícios, torres, árvores, postes de energia elétrica e outros objetos que podem representar um risco para as aeronaves.

A Importância dos Dados

A Tenente Engenheira Cartógrafa Priscila Negrão, Chefe da Seção de Gerenciamento de Dados de Terreno e Obstáculos do ICA, destaca a importância desses dados. Segundo ela, essas informações são cruciais para entender as características físicas do entorno de um aeroporto ou pista de pouso. No ICA, a análise é realizada em 3D, utilizando tecnologia de ponta, garantindo precisão e confiabilidade. “É um trabalho que requer muita responsabilidade, conhecimento técnico e atenção”, ressalta a Tenente Priscila. E para garantir o acesso a essas informações, o ICA disponibiliza os dados no Portal GeoAISWEB, acessível a usuários de todo o mundo.

ICA: Guardião dos Céus Brasileiros

O Instituto de Cartografia Aeronáutica não é apenas uma organização. É o único órgão brasileiro encarregado de planejar, gerenciar e executar atividades relacionadas à cartografia aeronáutica. Seu trabalho vai além do mapeamento, abrangendo informações aeronáuticas, elaboração de procedimentos de navegação aérea e concepção do espaço aéreo. Em resumo, o ICA é um pilar fundamental para garantir que nossos céus sejam seguros para todos.

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).