Comunicações seguras em emergências: o papel da FAB e do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas

A Força Aérea Brasileira (FAB) está desempenhando um papel fundamental no fornecimento de comunicações seguras para as equipes de busca e salvamento que estão trabalhando no desastre natural que ocorreu em 18 de fevereiro de 2023, em decorrência das fortes chuvas no litoral norte de São Paulo. Essas comunicações são possíveis graças ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), operado pelo Centro de Operações Espaciais (COPE), localizado em Brasília (DF) e subordinado ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).

Em parceria com a Telebras, empresa de telecomunicações vinculada ao Ministério das Comunicações, a FAB é responsável por operar e monitorar os meios oferecidos pelo satélite SGDC. A operação também conta com a participação de militares da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, que comandam os links gerados para obter comunicação nos locais mais remotos e afetados pelas chuvas.

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No dia 24 de fevereiro de 2023, a Telebras iniciou o procedimento de instalação de 10 antenas de conexão à internet via satélite (Banda Ka) em São Sebastião (SP), para otimizar o serviço na região afetada pela enchente. As primeiras quatro antenas foram enviadas de Brasília por avião, e as outras seis foram transportadas por terra até a Companhia Docas de Santos e, posteriormente, encaminhadas por mar à cidade de São Sebastião.

O Tenente-Coronel Luís Felipe de Moura Nohra, Supervisor dessa operação junto ao COPE, em apoio às vítimas do temporal no litoral norte de São Paulo, explicou como funciona esse suporte. “Foram disponibilizados três enlaces na Banda X: um para o Navio-Aeródromo Multipropósito A140 – ‘Atlântico’, que é a embarcação que fornece apoio hospitalar pela Marinha do Brasil, e dois para duas Companhias de Comunicação do Exército Brasileiro. Esses canais viabilizam a comunicação entre os militares na rede de Comando de Controle do Exército, para receber ordens, passar feedback e relatórios para toda a equipe, independentemente da localização, clima, condição ambiental, garantindo a troca de informação”, afirmou o Oficial.

A antena de controle do satélite, com 18 metros de altura e 13,5 metros de diâmetro, está instalada na sede do COPE. Utilizando a Banda Ka, o SGDC possibilita acesso à conexão de banda larga em todos os locais do país. Por outro lado, a partir da Banda X, é possível tramitar informações afetas às áreas de defesa e governamental.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).