O rápido aquecimento dos oceanos e a 'segmentação de peixes grandes' estão afetando a viabilidade das populações selvagens e dos estoques globais. Crédito: Harrison Haines

Por Karol Albuquerque

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A situação do nosso planeta é cada vez mais periclitante. De acordo com uma dupla de pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, um colapso do ecossistema oceânico pode devastar a humanidade em 25 anos. Isso porque a fonte de alimentação de 3 bilhões de pessoas, quase 40% da população mundial, está em risco.

Howard Dryden e Diane Duncan publicaram o artigo na revista científica SSRN. Além de pesquisadores, os dois trabalham pelo fornecimento de acesso à água limpa. Eles argumentam que, à medida que os oceanos ficam mais ácidos, mudanças profundas acontecem no ecossistema.

A acidez nos oceanos é um dos efeitos colaterais mais perigosos das emissões de gases de efeito estufa. Mesmo um ligeiro aumento na acidez pode causar um colapso na teia alimentar global, levando a humanidade a enfrentar uma grande devastação em apenas duas décadas e meia.

Segundo os pesquisadores, um oceano mais ácido é capaz de dissolver alguns dos compostos de organismos como o plâncton e recifes de coral, além de outros materiais que precisam sobreviver no ecossistema. Outras espécies podem, eventualmente, ocupar esse lugar, pois têm capacidade de sobreviver em ambientes mais hostis.

Esses “novatos”, porém, são bem menos adequados para fornecer a base da teia alimentar. O fenômeno erradicaria uma grande fonte de suprimento de alimentos para as pessoas, causando o desaparecimento de cerca de 3 bilhões de humanos, no final de uma reação em cadeia.

Estragos no planeta já podem ser observados por causa do impacto da mudança climática nos oceanos. Mas, algumas das afirmações dos autores soam bem mais alarmistas, sem citar outros estudos. O que não diminui o teor da preocupação necessária.

Com a dificuldade de monitorar vidas microscópicas nos oceanos, das quais o planeta depende, os pesquisadores sugerem uma melhoria nas atitudes de hoje para preservar as chances das futuras gerações de lutar pela sobrevivência.

Via: Futurism e Olhar Digital