Na última terça-feira (11), uma aeronave foi destruída após ter sido retida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) durante uma operação de fiscalização na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A ação foi realizada em conjunto com a Polícia Federal e a Força Aérea Brasileira (FAB) para coibir a entrada ilegal de garimpeiros e madeireiros na região.

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O avião de pequeno porte foi interceptado após sobrevoar a aldeia Yãkwa, sem autorização, e desrespeitar o fechamento do espaço aéreo determinado pelas autoridades em virtude da pandemia de Covid-19. A Funai informou que a tripulação da aeronave não apresentou documentos que comprovassem a origem e o destino da viagem, além de não possuir autorização para realizar voos na região.

O piloto e o copiloto foram detidos e responderão pelos crimes de transporte irregular de passageiros e mercadorias e de atentado contra a segurança do transporte aéreo. A aeronave foi destruída no local por estar em situação irregular.

Terra Indígena Yanomami: ameaças e conflitos

A Terra Indígena Yanomami é a maior área de reserva indígena do Brasil, com 96.650 km², localizada entre os estados de Roraima e Amazonas. A região é habitada por cerca de 27 mil indígenas, que enfrentam ameaças constantes de invasão e exploração ilegal por garimpeiros, madeireiros e outros agentes ilegais.

A presença desses grupos na região causa conflitos e traz impactos negativos ao meio ambiente e à saúde dos indígenas. A atividade ilegal de garimpo é uma das principais fontes de contaminação por mercúrio na região, o que representa um risco grave à saúde das comunidades locais.

As autoridades têm intensificado as operações de fiscalização na Terra Indígena Yanomami, com o objetivo de coibir as atividades ilegais e garantir a proteção dos indígenas e do meio ambiente. O fechamento do espaço aéreo na região é uma das medidas adotadas para reduzir o risco de disseminação da Covid-19 nas comunidades indígenas.