Em 1951, a Marinha formou seus primeiros engenheiros navais especializados em eletrônica. Este marco notável impulsionou a ideia da necessidade de um laboratório para o ensaio de componentes e peças, equipamentos e sistemas utilizados nos serviços de radiolocação e telecomunicações da Marinha. Uma ideia inovadora, que semeou a semente do que se tornaria o Instituto de Pesquisas da Marinha.
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Proposta e Aprovação do Laboratório de Pesquisas Eletrônicas
Dois anos após essa importante formação, o Almirante Paulo Nogueira Penido, então Diretor-Geral de Eletrônica da Marinha, apresentou ao Ministro Edmundo Jordão Amorim do Valle a proposta concreta para a criação do laboratório de pesquisas eletrônicas. Com a aprovação desta proposta, foi solicitado o apoio da Missão Naval Americana, que enviou ao Brasil o Dr. Emmanuel R. Piore, Cientista Chefe do US Office of Naval Research.
Colaboração Internacional e Planejamento
Em sua visita ao Brasil, de 23 a 29 de novembro de 1954, o Dr. Piore desenhou em apenas seis dias as diretrizes mestras do atual Instituto de Pesquisas da Marinha. Mais tarde, em 1956, a Missão enviou outro cientista, o Dr. Allen H. Schooley, do Naval Research Laboratory, que trabalhou durante 13 meses na elaboração do programa de ação do Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM).
A Construção do IPqM e a Realização de um Sonho
Em 1957, com a ajuda do Fundo Naval, a construção do prédio do IPqM começou. No entanto, a limitação de recursos inicial restringiu a construção à alvenaria. As obras tiveram que ser interrompidas em 1958 e 1959, devido à falta absoluta de verba. Felizmente, as construções foram retomadas em novembro de 1960. O decreto de criação do IPqM é datado de 14 de julho de 1959, dando início ao mais novo organismo da Marinha de Guerra.
Na década de 70, o Instituto, paralelamente às pesquisas relacionadas ao material de emprego militar, intensificou sua atuação nas áreas de biologia marinha (Projeto Cabo Frio), energia solar, biomassa, alimentação e saúde , todas elas de grande alcance social, levando-se em consideração as carências do país naquela época.
Em 26 de abril de 1984, foi criado o Instituto Nacional de Estudos do Mar (INEM), atual Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), que assumiu a responsabilidade de conduzir os trabalhos relativos à biologia marinha (Projeto Cabo Frio), até então desenvolvidos no IPqM.
A partir de então, o IPqM passou a priorizar esforços em projetos atinentes a material de emprego militar, com possibilidade de emprego dual.
Tendo o lema “Nossa meta é desenvolver tecnologias necessárias à Marinha” e focado no cumprimento da sua missão, o IPqM continua desenvolvendo material de defesa e contribuindo, também, para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico do Brasil.