Agencia Brasil

A violência na zona oeste do Rio de Janeiro tem chamado a atenção de toda a nação. Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, apenas em 2023, a região já foi palco de 12 chacinas, resultando na trágica perda de 43 vidas. Este número representa um terço das chacinas registradas em todo o Rio de Janeiro neste ano. A mais recente, e talvez a mais chocante, foi o assassinato de três médicos em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca.

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Chacinas e Operações Policiais: Uma Relação Preocupante

Das 12 chacinas registradas na zona oeste, sete têm ligação direta com operações policiais. Isso significa que a morte dos médicos é apenas uma das cinco chacinas na região que não estão relacionadas a nenhuma ação policial. Entre as vítimas, estava Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Os médicos, que atuavam fora do estado, estavam no Rio para um congresso internacional de cirurgia ortopédica. A Polícia Federal agora lidera as investigações, com cobranças de uma apuração imediata e profunda sobre as motivações do crime.

O Papel do Instituto Fogo Cruzado

Originalmente desenvolvido pela Anistia Internacional em 2016, o Fogo Cruzado surgiu como um aplicativo para monitorar tiroteios no Rio de Janeiro. Com o tempo, evoluiu para uma plataforma robusta que reúne diversos indicadores sobre violência armada. O instituto define chacinas como eventos onde três ou mais civis são mortos, independentemente da motivação. Essa definição, embora estatística, ajuda a entender a gravidade da situação na região.

Refletindo Sobre o Passado e o Presente

A palavra “chacina” ganhou destaque nos noticiários brasileiros na década de 1990, com episódios trágicos como o massacre da Candelária e o de Vigário Geral. Mais recentemente, a comunidade do Jacarezinho vivenciou uma operação policial que resultou na morte de 28 pessoas, tornando-se a mais letal da história do Rio. Estes eventos, juntamente com os dados alarmantes de 2023, ressaltam a urgente necessidade de políticas de segurança pública mais eficazes e humanizadas.

Com info da Agencia Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).